28 de nov. de 2008

é hoje

Chegou a hora. Vamos estrear o Neu, experimentalmente, a partir de hoje. A inauguração oficial acontecerá apenas no ano que vem, mas será um grande prazer receber vocês nessa fase de testes e contar com sua opinião para fazermos do Neu um lugar agradável para todos. Não custa lembrar que o clube ainda não está pronto. Vamos melhorar constantemente e a passos largos no decorrer das próximas semanas. Desde já, pedimos desculpas por qualquer incômodo.

Mas vamos ao mais legal. A estréia do Neu se dá com o retorno da festa da Peligro. E já começamos com atração internacional. Diretamente de Montreal, teremos a Donzelle, que canta em inglês, francês e até arrisca algum português, misturando electro, hip hop e batidões. Antes e depois, tem eu tocando aquilo tudo que você já tá acostumado.


O Neu fica na rua Dona Germaine Burchard, 421. A rua é uma das laterais do parque da Água Branca, entre a rua Turiaçú e a avenida Francisco Matarazzo.

A casa abre às 23h.
Meia-noite tem show da Donzelle (Canadá)
O preço é R$15
Nome na lista (R$10) até às 20h: peligro@peligro.com.br

23 de nov. de 2008

sunny day in glasgow

Muito boa, a primeira edição paulistana do Noise. Já começou bem com o show do Black Drawing Chalks, melhor coisa que saiu de Goiânia desde sempre - ou desde a inauguração da Frutos do Cerrado. A molecada mostra que o rock de roqueiro ainda pode encontrar caminhos, jogando peso num rock setentão cheio de boas melodias. Os argentinos do Tormentos fizeram aquele show de surf music que se espera de uma banda de surf music: quem já viu uma, já viu todas. Já os Ambervisions, mesmo numa tarde em que as coisas não deram muito certo musicalmente, é daquelas bandas que vai sempre ser divertida em cima do palco. Os belgas do Motek não emocionaram e os finlandeses do Flaming Sideburns, com um vocalista argentino vestido de vocalista argentino, foram risíveis. Aí teve o Black Mountain. Pô, foi a terceira vez que vi os caras ao vivo e a terceira vez que fiquei impressionado. O lance é brutal. O som da guitarra é um absurdo. O show é daqueles que não dá muita opção a não ser se deixar carregar pelo peso quase narcótico da banda, que faz até o termo "etéreo" não soar pejorativo. Acredite. Pena que o show foi curto.

O segundo dia, chuvoso, começou e terminou com shows ensolarados. O Homiepie, uma das minhas novas favoritas, em seu quinto show, mostrou que aguenta um palco grande mesmo sem ter bateria. O último show foi o Vaselines, que levou ao palco a nata da realeza escocesa, mas que encantou com o sorriso contagiante da Frances e aquelas músicas canções tão despretenciosas quanto perfeitas. O recheio teve os americanos do Calumet-Hecla, com um som que tinha tudo pra eu gostar, mas não bateu; o Do Amor com a tradicional competência em converter indies à micareta; os chilenos do The Ganjas, que mandaram bem num metal shoegazer; e o Helmet que foi looooongo, mas até que valeu pelo bis. Tomara que role ano que vem de novo. E que mais gente compareça.

20 de nov. de 2008

escuta essa

Acho que não precisava de mais motivo pra ir ao SP Noise. O Festival já contava com o Black Mountain, que faz um show absurdo, o Black Lips, que, pelo que sei, é a demência ao vivo, o Vaselines que, como se não bastasse contar com Eugene Kelly em si, também trouxe dois Belle & Sebastian e um 1990s a tiracolo, o Ganjas, se pá, a melhor banda do Chile (possessão dub metal), Homiepie, umas das grandes revelações de São Paulo este ano, Black Drawing Chalks, a melhor banda saída de Goiânia em tempos, entre outros quitutes. Mas eis que fico sabendo que o HELMET vai fazer show surpresa no sábado. E aí, vai perder?

10 de nov. de 2008

tá, vai, vou falar do terra

1. O que houve com o Rochinha?
2. Spoon deu aula de rock e fez o melhor show da noite.
3. Quem já gostava de Animal Collective vai gostar mais, quem não gostava vai continuar não gostando. A última música foi inacreditável, mas o show foi muito curto. E pau no cu do técnico de som.
4. Não gosto de ver show na TV. É assim que me sinto vendo às apresentações no Main Stage. Palcão com sonzinho = até o Jesus me deixou indiferente. Se bem que o final com "Just Like Honey" e "Reverence" foi bonito. Apesar de eles terem esquecido os pedais em casa.

7 de nov. de 2008

aquecimento - um setlist que seria lindo



"Unsolved Mysteries"



"We Tigers"



"Who Could Win a Rabbitt?"



"Banshee Beat"



"Comfy in Nautica"



"For Reverend Green"



"Chores"



"Peacebone"



"Leaf House"



"The Purple Bottle"



"Winter's Love"



"Fireworks"

5 de nov. de 2008

essa vai ser hit no neu

Bom, pelo menos é hit no meu carro - assim como todo EP - há mais de um mês.



"Sleepy Head" - Passion Pit

4 de nov. de 2008

pra variar...

Mais uma vez o APJ falou merda pros adolescentes na coluna dele desta semana. Pra variar, o lance é ele pagando pau pro Jon Pareles, que parece ser a única fonte de informação musical que ele utiliza. Só que o texto do Pareles é infinitamente melhor informado, estruturado e inteligente do que a visão de tiozinho do Álvaro. Pro tio do Folhateen, se dar bem no mundo da música ainda é a imagem de se dar bem que ele viu com o Nirvana e o Soundgarden. É o underground adaptar-se aos meios que reinavam, é a música nova ser empacotada e vendida pras multidões. O que se vê hoje é algo diferente. Pau de sebo, festivais como o CMJ e o SXSW sempre foram. Só que agora a chance de ser notado é muito maior. E de dar certo também. Só que dar certo não é virar a Beyonce. Dar certo é conseguir viver da música como se vive de qualquer emprego. Ganhar a grana pra pagar as contas. Como aposto que fazem bandas como o Crystal Antlers, Crystal Castles, Vivian Girls e outras citadas pelo Pareles. É como sempre deveria ter sido. Por isso sou mais o exemplo da Julie Dorion, relatado em um debate no Pop Montreal. Pra quem não sabe, ela era da banda canadense Eric's Trip, que já foi do cast da Sub Pop (seria isso dar certo?) antes do estouro da música na internet. Segundo ela, naquele época, ela vivia na pindaíba, não pintava ninguém nos shows e ninguém tinha acesso à música dela. Hoje, em carreira solo de expressão muito menor do que o Eric's Trip, ela encontra público em qualquer lugar que toque, consegue viver disso e até acha gente pra comprar os disquinhos dela. Ah, a Julie não usa internet. Mas sabe que sua vida mudou depois dela.