19 de jan. de 2010

amanhã, no neu







Ainda tem ingresso pra comprar na hora. Você vai perder?

Tem certeza?

Olha que vai ser foda...

então se liga neles ao vivo:

11 de jan. de 2010

feliz ano novo



Sabe aquela sensação de se estar no lugar perfeito, musicalmente falando? De se estar no momento certo na hora certa, de ver um completo entendimento da música que acontece agora pelo público, de se pensar que não haveria lugar melhor para estar naquele momento? Então, vira e mexe isso acontece comigo. Rolou no Round Robin do Dan Deacon, numa noite de dubstep na Plastic People, no show do Matt and Kim do SXSW do ano passado, no show do Think About Life no Pop Montreal deste ano, só pra citar algumas situações recentes. Aconteceu mais uma vez na festa de ano novo do Switch Club, em Córdoba, Argentina. Há tempos queria checar in loco a movimentação da nova cena eletrônica dos hermanos e aproveitei uma brechinha de férias pra colar lá. Acabei armando uma discotecagem na noite que tem, entre seus organizadores, Rafa Caivano, dos Frikstailers e botei o Guab na parada - ele, infelizmente, por problemas de equipamento acabou não tocando, mas se divertiu horrores na festa. O clube, por si só, já é um capítulo à parte. Fica numa zona distante do centro, próximo a outras casas muito maiores e famosas. Não que isso seja um problema - o público é bem diferente - e que o clube seja pequeno - são duas pistas, uma para umas 500 pessoas e outra pra umas 100, além de uma área externa gigante. O sistema de som das duas pistas é ótimo e a decoração bastante criativa, com bolas do Playcenter penduradas no teto, chuva de bolhas de sabão na entrada, telões atrás da cabine gigante dos DJs na pista principal e varal de caveirinhas recortadas de papel. A pista principal era destinada aos números mais pop da noite. Lá, na maior parte do tempo, revezaram-se DJs mostrando que discotecagem pop não precisa ser retardada, fazendo beatmatching de hip hop, dancehall, reggaeton e mash-ups de autoria própria. Também nessa pista rolou um show da Princesa (foto), nome um tanto conhecido por lá. Ela faz um híbrido massa de dancehall, hip hop e cumbia e levantou o público, principalmente as meninas - que eram grande maioria na casa, por sinal. Os Frikstailers também tocaram nessa pista, mas era bem no horário em que eu tocava na outra, dedicada aos sons, digamos, menos comerciais. Foi nela que o Remolon quebrou tudo com seu live PA. Ele começou com temas mais densos, aproximando a cumbia digital do dubstep numa onda esfumaçada. Aos poucos, o lance vai ficando cada vez mais acessível, descambando no final pra a reconstrução cumbiera de "Violeta", o som que virou a nega do cabelo duro do Luiz Caldas, pra delírio dos presentes. Peguei a pista na sequência e posso dizer que, apesar da concorrência desleal nos Friskstailers na principal, devo ter agradado. Tanto que ficou todo mundo lá dançando. No fim do set, o Remolon voltou pra cabine e mandamos um back to back massa. Depois, rolou a maior surpresa da noite, o encontro do DJ Pedro D'Alessandro (ou Sandro Dale Pedro) com o MC Señor Siren. Umas duas horas discotecagem de dubstep som o MC solando em cima, sem parar. A pista principal fechou, era de manhã, e o povo ficou pedindo mais. Hip hop, cumbia, pop de FM, dubstep, dancehall, funk carioca, tudo na mesma noite, tudo bem tocado e bem recebido. Noite daquelas, pra ficar na memória.