31 de out. de 2008

importante



No Music Day em São Paulo. Bill Drummond - o gênio - estará entre nós. O site já tá até em português. Não vou ficar explicando aqui quem é o Bill Drummond e o que é o No Music Day. Mas aconselho você a descobrir.

29 de out. de 2008

e aí?

Ouviu as novas do Garotas Suecas? Fiquei chocado. Eles colocaram duas faixas de Dinossauro, novo disco que sai não sei quando, na TramaVirtual. E o lance tá inacreditável. Trip pesada num som brazuca 60/70. Sabia que essa molecada ia caminhar pro rumo certo. Tá aqui.

28 de out. de 2008

se você não gosta das músicas...

Ainda não passou meu momento tiete do Dan Deacon. Se você não se deixou contagiar, alguns motivos pra gostar do cara:

1. Assim que me viu, já elogiou minha camiseta do Mae Shi;
2. É fã do Lightning Bolt;
3. Antes de ir embora do Timfa, fez questão de arrumar o camarim. "Sobra sempre para os mais pobres fazer esse serviço";
4. Ele desenhou cada um dos moleques que pediu autógrafo antes do show no Tim;
5. Fez um show grátis para pessoas que ele mal conhecia na mesma noite em que tocou em um dos maiores festivais do país;

27 de out. de 2008

da pesada


Não vi tudo do Timfa, mas, do que eu vi, só dois shows foram bons de verdade: Dan Deacon e The National. E teve a participação do Har Mar Superstar no Neon Neon, que valeu o show. Mas quero falar é da passagem do Dan Deacon por aqui. Primeiro, tenho que dizer que o cara é um dos meu heróis da atualidade. Ele conseguiu traduzir o legado do Lightning Bolt - show no chão, coletivos underground, público tomado pela música, entrega total nas apresentações, DIY, diversão e consciêcia andando de mãos dadas - pra uma audiência maior, capitaneando toda uma geração de novos nomes que voltaram a fazer música pela música e não pelo oba oba. Posso dizer que passar alguns dias ao lado dele, portanto, foi uma honra. Mais legal ainda foi vê-lo ao vivo duas vezes. Não, eu não fui pro Rio. Ele tocou na casa do Sérgio, meu camarada, e figura por trás do Diagonal, Debate e Amplitude, entre outras coisas, depois do show do Tim.

Acontece, meu camaradinha, que o show do cara - assim como da maioria das bandas que mais têm me interessado na atualidade - é pra quem se entrega. Não rola pra quem fica lá atrás batendo papo. O legal foi que, entre os que decidiram se jogar, estavam desde uma molecada dezesseizanos - esses tavam lá desde antes de abrir a arena e tietaram o cara quando a gente passou em frente pra jantar - até indies véios. E o negócio foi contagiante. Não é um transe, como muitos por aí descreveram. O lance é mais lúdico, de diversão coletiva e celebração conjunta - sorrisos gerando mais sorrisos. O gordinho careca, nerd e de óculos conseguiu demolir com barulho, simpatia e boas melodias a empáfia blasé paulistana. Vale lembrar que, ao contrário do acreditam a organização do Tim e muitos jornalistas, Dan Deacon não é DJ. Faz música na hora com um set up tosco, com Casiotone, iPod Shuffle e muitos pedais. E, do chão, comanda a multidão como poucos fazem do palco - portanto, etá bem mais pra MC que pra DJ. Acabado o show, ouvi coisas como "Top 5 da minha vida" ou mesmo "Melhor show da minha vida".

Disso pra "melhor dia da minha vida" ou "um dos momentos mais mágicos que já vivi" foi um pulo. Com uma passada no Genésio. Durante um papo que passou obrigatoriamente por Lightning Bolt e devoção a Brian Chippendale, música para acampamentos, Tony da Gatorra, idéias de turnês quase mirabolantes ainda que possíveis e culminou com a história do show do Wolf Eyes no Milo, ele solta: "me arruma um P.A. que eu faço um show agora". Sérgio bateu no peito, chamou pra si, e ele fez o show. Todos e quem mais conseguimos avisar fomos para a casa dele, aka Sala 222, e a celebração prosseguiu. Não foi só show, foi festa mesmo. Teve até discotecagem, com direito "Gin and Juice", "Hokie Pokie" e muito Michael Jackson. E quem tava lá se divertiu muito. Olha um videozinho feito pelo Pedro do que foi aquilo:

22 de out. de 2008

agora é 4 real

SP Noise Festival agora já tem local e Twitter, então tá confirmado: Black Lips, Vaselines e Black Mountain tocam em São Paulo entre os dias 21 e 22/11. Foda.

pareço esperto


Olha só que massa a açãozinha que o Cérebro Eletrônico tá fazendo. Contatram uma série de blogs pra disponibilizar o EP Pareço Virtual que traz, além dos hits "Pareço Moderno" e "Dê", remixes e versão ao vivo. Entre os remixes, tem um do sócio Guab pra "Pareço Moderno". Baixa aê!

21 de out. de 2008

dagofest - internacional

Temporada de festivais começando pra valer essa semana e eu sem tempo de postar. Amanhã começo a função do Timfa que só termina - dã - no sábado. Tava pensando num festival numa escalação de festival que gostaria de ver por aqui, seguindo os seguintes critérios idiotas: 1. a banda tem que ser demente ao vivo 2. a banda nunca pode ter tocado no Brasil 3. só botei bandas que já vi ao vivo e tenho certeza que são dementes. Ou seja, um festival com bandas que acho que o Brasil mereceria ver embora não saiba disso. Já falei de todos aqui. Então acompanha nos vídeos e vê se não ficaria foda:

1. Mae Shi


2. Matt & Kim


3. Death Set


4. Holy Fuck


5. Man Man


6. An Albatross


7. Dark Meat


8. Crystal Antlers

15 de out. de 2008

outro melhor do ano

Acho que ainda não falei aqui que finalmente o Alopecia, do Why?, tem um rival pra melhor disco do ano: Parallax Error Beheads You, do Max Tundra. O disco é coisa de gênio. O cara demorou seis anos trampando nele e, quando veio ao Brasil alguns meses atrás, deu uma palhinha do que seriam as músicas. Pena que foi pra poucos. Muito pouca gente foi ao Studio SP pra vê-lo - nem eu fui - e o show surpresa na casa do Mancha foi pra umas 30 pessoas. Nesse eu fui e fiquei de cara com as músicas novas. Tive certeza que o disco seria matador. Mas Parallax Error Beheads You é ainda melhor do que eu esperava. É o Max Tundra demente do anterior Mastered by the Guy at Exchange fazendo canções pop. O disco junta Michael Jackson com Aphex Twin, poperô com Avalanches em dez músicas que são coisa de gênio. Como se não bastasse, o primeiro single tem esse clipe fudido:

14 de out. de 2008

pop montreal - dia 5

montreal
A última noite de Pop Montreal começou pra mim com o show do Wire. Cheguei atrasado e perdi cerca de 20 minutos da apresentação. O show foi bom, o caras ainda são precisos e ver coisas de discos que eu adoro, como o Pink Flag e o Chairs Missing, ao vivo não tem como ser ruim. Mas faltou emoção. Daí fui conhecer o tal Round Robin organizado pelo Dan Deacon. O lance funciona assim: por duas noites seguidas, a primeira encabeçada pelo Beach House, e a segunda pelo próprio Deacon, eles montam cinco palcos precários ao redor de um galpão, em que 12 artistas se revezam, cada um tocando uma música por vez. Perdi a primeira noite pra ver o Dodos e outras coisas, e cheguei no meio desta segunda, que, além do Dan Deacon, tinha gente como Death Set, Adventure, Video Hippos e Height. Insanidade pura, o lance. O público fica no meio e vai rodando de "palco em palco" (é tudo no chão mesmo) e vê-se todo tipo de apresentações, das mais legais até umas coisinhas mais ou menos. Mas a vibe do negócio é tão incrível que dá pra se deixar levar até pelas mais ou menos. A foto acima do Dan Deacon descreve um pouco do que é estar lá no meio, então nem vou falar mais. Saí de lá com 15 anos. Ainda fui pra after party dos voluntários. Cheguei depois do show do Passion Pit, mas peguei uma discotecagem cabulosa do Ghislain Poirier. Durou até acenderem as luzes do lugar. Ainda fizeram o cara voltar e tocar mais umas pedradas. Depois me arrastaram pra uma afterparty da afterparty num casarão com discotecagem no youtube e todo mundo muito retardado. Mas aí o festival já tinha acabado.

13 de out. de 2008

cinco minutos

E o Beto, diretor do TramaVirtual e do Radiola, te explica o que é um festival:

pop montreal - dia 4

montreal
De tarde, passei no Divan Orange pra ver o Macaco Bong. O mais engraçado é entrar nesse pub, pequeno e com um cheiro que mistura suor e cerveja, e dar de cara com Owen Pallet tomando uma cervejinha enquanto escreve partituras em seu computador. Antes dos Macacos, assisti a um show simpático do D'urbevilles, banda de moleques espertos de Toronto. Tinha muita gente lá pra vê-los e boa parte do público foi embora antes do show dos brazucas. Ainda assim ficou bastante gente importante na platéia e, quem viu, parece ter aprovado o show do trio. Saí de lá pra jantar com a cúpula do Pop e alguns delegados internacionais na Sala Rossa. A Sala Rossa é o clube espanhol, adquirido pela turma da Constellation pra realizar shows no salão principal. O restaurante também é deles. Mas os velhinhos espanhóis continuam utilizando o lugar, jogando baralho no meio da juventude descolada da cidade. Entre tapas deliciosos, o destaque foi para o queijo de cabra frito com melo. Delícia. De lá, tentamos pegar o show do Alden Penner na federação ucraniana. Chegamos na última música, uma pena, pois o que vi foi muito bom. Penner era um dos Unicorns, banda que deu origem ao Islands. O show é o cara cantando e tocando violão junto com dois saxofonistas. Voltamos para a Sala Rossa para garantir entrada para o show do Dodos e acabei descobrindo o Passion Pit. Na verdade, no jantar já havia um burburinho sobre a banda, labelmate do Dodos. São cinco caras, três tocando teclados, um baixo e uma bateria. O som tem muito de Hot Chip e Postal Service, com algo de disco e soul. Um dos tecladistas canta, e sua voz é muito estranha, muito aguda e quase desafinada. A verdade é que faltou pressão no show, mas fiquei de cara com as músicas e decidi levar o EP dos caras. Resultado: não paro de ouvir essa porra há uma semana. É muito bom, vai atrás. Aproveitei o show chatinho do Au pra tentar ver como estava o show do Lucy and the Popsonics. Cheguei no finzinho da última música e vi um lugar lotado ovacionando a dupla. Ganharam fudido. Nobre tava felizão vendendo merchandise pra caralho. Voltei pra Sala Rossa pra, finalmente, ver o Dodos.

Bom, em primeiro lugar, os caras lançaram um dos meus discos favoritos deste ano. Acho que só perde pro Why? e pro Max Tundra. Tava louco pra ver o show deles e parece que não era o único. O lugar tava abarrotado. Aí veio a notícia que o vocalista tava com mono e fiquei apreensivo. Bom, eles fizeram o show. Curto, mas fizeram. E o cara é foda. Os dois são foda. O vocalista, doente ou não, fica possuído, entregue a cada acorde, a cada berro. Usa dois microfones, uma pra cantar e outro pra fazer os backing vocals mais gritadaos, que são loopados. E o baterista é um caso à parte. Usa só três surdos e um chimbau. Suas levadas são totalmente diferentes do que se pode esperar de um duo folk, e o aro dos surdos é utilizado o tempo todo. De vez em quando, entra mais um músico no palco pra tocar vibrafone e marretar um latão. Coisa foda. Aí que depois do show curto, eles voltam pro bis e rola essa. Eu tava na segunda fileira e gritei "Winter". O vocalista olha pra mim e diz "Winter?". E eu: "É, vim do Brasil só pra ouvir isso ao vivo". Ele: "Poxa, desculpa...". Nisso, o baterista manda: "O cara veio do Brasil...". Eles pedem autorização pro cara da casa e começam a tocar "Winter". Antes, o baterista ainda solta pra mim um "You got it". Haha. A casa inteira virou pra mim e eu querendo derreter. Mas a música é foda e valeu a cena. Ficaram devendo "Red and Purple", mas não tive cara de pau pra pedir essa também.

Depois disso, passei pra ver o Hillotrons, mas nem empolguei e fui pra afterparty do North by Northwest. Começou morna, apesar da cerveja, vinho e comida grátis. Até que sobe no palco o Ninjasonik e, praticamente ao mesmo tempo, chega na casa toda a banca do Round Robin do Dan Deacon. Aí foi aquela loucura. Todo mundo se matando na platéia. Uma mão gigante vinha do mezanino passando a mão na cabeça de todo mundo. Cerveja voando a todo momento. E os caras fazendo aquele rap eletrônico tosco, mas divertidíssimo. Pra completar, os caras do Death Set subiram ao palco pra fazer em conjunto o mashup de "Tight Pants" com "Negative Thinking".

pop montreal - dia 3

montreal
Se o Silver Apples tinha iniciado minha sequência terceira-idade no festival, a sexta-feira já começou com o show do Burt Bacharach numa igreja lindíssima. O show foi aquilo que se poderia esperar, uma mistura de início de festa em lounge de hotel com finalistas do American Idol. O que salva é a classe do véio e a incrível usina de hits, ao vivo, mostra que nada é óbvio em cada um dos clássicos dele. A platéia, que misturava tiozinhos e modernos, aprovou e até se emocionou. Eu não fiquei até o fim. Fui mandar um poutine. Poutine é o prato mais absurdo e delicioso inventado pelos canadenses. Consiste em batatas fritas regadas com gravy (uma espécie de caldo de carne engrossado) e cheddar branco da pior qualidade. No La Banquise, dá pra escolher entre 25 variedades de cobertura. Como na última vez, fiquei com o T-Rex, que, além dos ingredientes tradicionais ainda vem com salsichas, bacon e carne de hamburguer. Delícia. Balofo, desci até o Cabaret Juste Pour Rire (o lugar onde é gravado o Just For Laughs do Multishow) pegar o show do Jean-Jacques Perrey. Mestre. Também velhinho, com 78 anos, ele chegou ao palco com uma bata branca brilhante, caminhando com dificuldade, auxiliado por uma mulher. Mas é só ele sentar nos teclados que começa a destruição. O show é em companhia de Dana Countryman. Juntos, eles recriam temas clássicos e coisas novas, dos dois discos que lançaram em parceria. O velhinho é só simpatia, sorri e mexe com as garotas da platéia e diverte o público com um elefantinho de pelúcia. Saca o tema do Chaves? Rolou. Foda. De lá, pro Cine L'amour,um cinema pornô, pra ver o tal do Porn Pop, hmm, encabeçado pelo SoCalled. O cara é um rapper judeu multiinstrumentista celebridade da cena local e tocou acompanhado por gente do calibre de Owen Pallet, do Final Fantasy. Lugar lotado e fila quilométrica pra descobrir o que seria o tal Porn Pop. Resumo: a banda fez uma trilha sonora ao vivo para um filme pornográfico dos anos 70. Gay. Não deu pra ficar muito, e não só pelo filme. O lance tava meio mal ensaiado e a trilha consistia em musiquinhas sem sal no estilo 50s. Corri de lá pra tentar pegar um pouco da discotecagem do Kid Kameleon, mas já tinha acabado. Terminei a noite assistindo ao An Albatross em um show impressionante. A banda faz o estilo Lightning Bolt de demolição, só que com guitarra, baixo, bateria e teclados, tudo no talo e a mil por hora. Só que o vocalista é tipo uma mistura de Robert Plant com Iggy Pop. Se veste e dança como um rockstar dos anos 70, mas também se mata no meio público. Pesadelo incrível e uma noite inteira de zumbido na cabeça.

9 de out. de 2008

pop montreal - dia 2

O dia começou com um debate massa sobre "estratégias de sobrevivência no meio independente". Na mesa, estavam, entre outros, o Nobre, o Elliot da Rcrdlbl e a Julie Dorion, do Eric's Trip. E o mediador era o Kid Kameleon. Classe. De noite, acabei perdendo o Nick Cave. Nem vou tentar explicar. Bom, fui encontrar os Macaco Bongs no lugar onde seria o show deles. O lugar era pequeno, mas bem legal. Acabei não ficando para o show pra ir ver o Silver Apples na Sala Rossa. A versão atual da banda é apenas o Simeon, um respeitável senhor de 70 anos com dois brincos na orelha e calça camuflada - o baterista Danny Taylor morreu em 2005. O show mistura clássicos, como "Oscillations", e músicas novas, muito mais experimentais. O grande lance do show é se ligar no equipamento do cara e no quanto as composições dos anos 60 eram inovadoras, e o quanto sua música soa moderna ainda hoje. Queria ter um avô assim. De lá, só deu tempo pra ver mais um show, o do Lovely Feathers. Ao vivo, a banda soa como um Wolf Parade juvenil, o que pode ser considerado um grande elogio.

8 de out. de 2008

pop montreal - dia 1

montreal

Antes do primeiro dia, passei dois descansando, passeando e, principalmente, comendo bem em Montreal. O grande parceiro foi o Nobre, que chegou com família e tudo na cidade. Então teve um jantar no clássico Schwartz, com o inacreditável sanduíche de carne defumada. O sanduba é só pão, mostarda e muita carne defumada fatiada. Mais nada. As filas dobram a esquina com gente louca pra comer lá. Mas bom mesmo foi o jantar da noite seguinte, no Au Pied de Cochon. Martin Picard, o chef do restaurante é gênio. Transforma comida de troglodita em arte. Entre as coisas lindas que serve, estão o pato na lata, que é aberta na mesa do cliente, e o pé de porco recheado de foie gras. Da outra vez que passei por lá, comi hamburguer que foie gras com poutine de foie gras. Dessa vez, peguei mais leve. De foie gras, só mandei o delecioso cromesquis, cubinho empanado recheado com foie gras líquido. É das melhores coisas que já provei na vida, só isso. De entrada, ainda mandamos um bolinho de bacalhau. O prato principal foi bife de veado com molho de cogumelos. O nobre mandou uma costela de bisão. Flintstones total. Tudo delicioso. Eu tava pronto pra maratona que começou na quarta.

A quarta ainda foi leve. A feta de abertura teve poutine, hot dog e cerveja grátis, e uma dupla de DJs tocando o fino do tecnobregra, entre outras coisas. O primeiro show que vi foi o Hot Chip em uma noite inspirada. Agora ele têm um baterista fixo, o que deu mais peso ao show. E, como esperado, "Ready For The Floor" quebrou tudo. De lá, passei na festa da Vice, mas a banda que tava tocando, Devil's Eyes, era bem fraquinha. Nem com cerveja grátis deu pra ficar. Corri pra Sala Rossa e vi boa parte do show do Vetiver, que foi bonitinho, mas não comoveu. Esperava mais. Passada rápida pra ver o show divertido da Donzelle e, por fim, voltei pra festa da Vice, onde vi o melhor show da noite. Carnaval no trailer park, versão white trash do Arcade Fire, Móveis Coloniais de Acaju do inferno: o Dark Meat é mais ou menos tudo isso ao mesmo tempo. Uma orquestra de doze - incluindo dois bateristas, um deles de tanga, e um doente tocando tuba no meio da platéia - pessoas fazendo rock sujo, barulhento e pesado. Caras pintadas, gente suada, chuva de purpurina, jatos de ar, instrumentos jogados para a platéia, stage dives, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Overdose sensorial fudida. Saí surdo e moído. O show dos caras é uma surra.

ainda em nova york

oxford collapse
Vamos ver se eu me lembro. Antes do Oxford Collapse tocou o Takka Takka, que foi muito fraquinho. Rock de universitário com tudo o que isso pode carregar de ruim. Som cabecinha, mas completamente vazio, e um vocalista cheio de sentimento. Pensei no show do Final Fantasy, que tinha visto no fim de semana anterior, em que um cara só encheu de som um teatro gigante. Aqui eram seis que não conseguiram dar vida a um boteco pra 100 pessoas. Mas depois veio o Oxford Collapse e salvou a noite em grande estilo. Disse por aí que foi um massacre. Foi, mas não tão violento quanto outros massacres que vi depois em Montreal. De qualquer forma, o trio faz um showzão. As linhas de baixo são sempre inusitadas, tortas em relação à guitarra. Baixista e guitarrista dividem os vocais, mas a grande atração é o baterista. O cara é muito rápido, toca muito pesado e muito torto. Era o último show da tour. O guitarrista cantou a última música em cima de uma cadeira. Não teve bis, pois a cadeira e a bateria terminaram destruídos.

tô de volta

Vou tentar contar como foi.

2 de out. de 2008

atrasado

Tô em Montreal desde domingo. O festival começou essa noite. E eu que nem falei do massacre que foi o show do Oxford Collapse em Nova York no sábado. Falo amanhã, se conseguir. Hoje tô abalado com a apresentação do Dark Meat agora há pouco.

sobre a segunda noite da trinca abaixo

Só tenho a dizer que foi ainda melhor que a primeira. E que o Dinosar Jr tocou "Just Like Heaven". E que o Built To Spill tocou "Carry The Zero" e eu chorei alguns baldes. Ah, e que o J Mascis participou dessa música.