Klaxons (três estrelas)
Myths of the Near Future
O bom e velho pop
New rave, nu-rave, indie rave, rave rock, beleza. Aí você bota o play pra rolar. A bateria eletrônica entra num fade-in, após algum ruído. Chega bem marcada, quadradona. Baixão e teclados aparecem pra dar um clima. Entram os vocais, harmonizando, quase soft-rock. Boazona, essa “Two Receivers”. Mas, epa, espera aí, cadê a rave nisso tudo? Ah, tem umas sirenes na faixa dois, “Atlantis to Interzone”. Essa aí todo mundo conhece. Rockão dançante, frenético, mas de rave mesmo só as sirenes. E o álbum vai seguindo assim, meio esquizofrênico, uma música bem diferente da outra, cheio de idéias - quase todas bem legais. E as referências, claro, pode anotar: Bowie, Blur, Orange Juice (talvez via Franz Ferdinand), TV on the Radio, tudo bem costuradinho pelas mãos do produtor James Ford, do Simian Mobile Disco, outro egresso da tal “cena”. Resumindo: a história da new-rave, que, na real, começou como piada em uma entrevista dos caras e acabou servindo para a mídia empacotar toda uma cena está muito mais para os mares de roupas e bastões fluorescentes nas platéias e palcos do que para o som da(s) banda(s) em si. E esse Myths of the Near Future é um belo disco pop. Com algumas sirenes.
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