14 de mar. de 2008

dia 3 - continuação

Meu camaradinha, agora é hora de falar sério. Se você tiver que ver uma banda na sua vida agora, essa banda tem que ser o Holy Fuck. Saí correndo feito louco da noite da brazucada e cheguei pingando suor na porta do pico onde eles já estavam tocando. O bouncer troglodita não queria deixar eu entrar. "Você está bêbado". Expliquei que minha cara era de cansaço, apelei pro "sou brasileiro, gastei uma puta grana pra estar aqui" (mentira, foi a Trama que pagou), e o cara ficou lá, irredutível. Decidi ficar olhando de lá de fora. O show era numa varanda no segundo andar e dava pra ouvir algo de lá de fora. Nesse meio tempo, o bouncer troglodita quase socou uma mina, também desesperada pra entrar. Uns dois minutos depois, acho que em solidariedade à minha persistência o cara me deixou entrar.

No andar de baixo do pico tinha uma bandinha merda tocando e ninguém vendo. O problema era que o andar de cima tava entupido. Não dava nem pra se mexer. As pessoas dançavam só com a cabeça. Consegui me esgueira pelo menos até a varanda onde os caras estavam tocando. Não seu pra ver muito, só ouvir. Mas foi inacreditável. Loucura total, todo mundo hipnotizado. Música pra dançar fora de qualquer padrão, mas ainda assim acessível. Puta que o pariu. Como se vai traduzir a força do show dos caras em letrinhas no blog? Amanhã eles tocam de novo. Vou ver se consigo chegar mais cedo e pegar um lugar na frente.

Antes disso, maratona fodida. Ainda no centro de convenções, peguei o finzinho do show do Cool Kids, que tava massa. Como o Oga, do Projeto Manada, disse uma vez, os caras são a new rave do hip hop. Ao vivo da pra sacar bem essa parada. Na sequência, The Blow fez um show simpático. É só a mina e as bases gravadas. Ela conta histórias engraçadas (mesmo) entre as músicas, o que torna a parada bem divertida.

Ali em frente ao centro de convenções, fomos dar uma olhada no Japan Bash e acabamos assistindo uma banda fudida: Avengers in Sci-Fi. Entra no myspace deles e escuta. Japinhas louquinhos fazendo psicodelia espacial futurista. Com muitos pedais. Muitos. Ainda lá, vimos uma banda fofinha, meio K Records, mas esqueci o nome.

Andamos muito pra chegar ao palco na beira do rio. Lá, o Spoon fez um show gratuito pra uma multidão. Tinha muita gente mesmo. A vibe era massa, muita gente com esteira no chão, cadeiras de praia, crianças pequenas e tudo mais.

O show tava bem legal, consagrador e tal, naipe de metais, coisa fina. Pena que o som era muito baixo. E que a gente teve que abandonar depois de meia hora pra mais uma correria pela cidade pra pegar o show do Lucy and the Popsonics.

Eles fizeram uma apresentação redondíssima. Ganharam fudido o público. Muita gente dançando, gritando entre as músicas, um traveco enlouquecido na primeira fila (no final, a Fernanda puxou a figura pra cima do palco), versão matadora de "Refuse / Resist", muitos discos vendidos, papai nobre orgulhoso.

Entre isso e o Holy Fuck teve o momento brazucada. Fomos gravar a Alexia Bontempo, o Pierre Aderne e a Tita Lima. E foi aquilo lá, né. No meio disso, uma escapada pra espiar o Curumin na noite do Money Mark. O lugar era enorme e não tava muito cheio. Mas foi muito massa ver a galera pagando pau com direito a Tommy Guerrero surtando na primeira fila.

Deixa eu ficar por aqui, porque hoje tem muita coisa pra ver. Já to atrasado.

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