Agora que o schedule tá definido, já dá pra falar um pouco sobre a invasão brasileira no South by Southwest deste ano. Em primeiro lugar, o lance parece um pouco mais estruturado, com bandas e produtores mais espertos - e alguns gringos já mais ligados no que o Brasil tem a oferecer nos campos musicais que vão um pouco além da macumba pra turista.
A programação oficial é só uma parte do que rola no festival. Eu tô ligado que muitos destes artistas já se agilizaram em eventos paralelos e até eu mesmo vou dar uma palhinha discotecando em um deles (segura, haha). Falo mais sobre eles logo mais.
No plano oficial, algumas bandas se deram bem e outras nem tanto com a escalação, que pode ajudar ou não na função de pau de sebo do festival. Olha só como ficaram minhas favoritas:
Black Drawing Chalks
Abrem a noite da Get Hip Recordings, no palco interno do Habana Calle 6, que vai contar também com o DT's e o portuga Legendary Tiger Man. O espaço é bem pequeno, mas tem localização privilegiada, na 6th st, a rua principal do SXSW. Melhor ainda, o palco interno fica no caminho do palco externo, que provavelmente vai estar bombando com o showcase dos selos canadenses Last Gang e Paperbag.
The Twelves
Recém-assinados com a Windish, um dos mais importantes booking agents do mundo, eles tocam em horário nobre, logo após o Miami Horror, em uma noite só de música eletrônica no bem localizado Rusty Spurs - um clube de cowboys gays que também vira palco de apresentações do festival.
Holger
A noite deles é uma incógnita. Tem de eletrônico japonês a glam rock alemão. Entre as bandas, tem o legal Fools Gold, logo antes dos brasileiros, e uma promessa inglesa, Thecockndbullkid. O show é no Club 115, que fica a umas 4 quadras da 6th st, o que é sempre desfavorável, mas a noite pode surpreender.
Nancy
Esses se deram mal. Caíram na mesma noite brazuca balaio de gatos que foi um fiasco no ano passado. O público que cola na casa espera ouvir música brasileira numa "Brazilian Night", e a acaba saindo fora quando vê banda de rock tocando. Ao mesmo tempo, o público que poderia se interessar pelo som da banda nem se dá ao trabalho de ir a uma noite de "world music". O bom é que eles talvez possam contar com uma forcinha dos blogs gringos que já se encantaram com o som deles. Vamos ver se isso vai atrair um público interessado.
Macaco Bong
Esses se deram bem. O show vai ser no Spiro's, que fica na Red River, bem entre o Stubs e o Emo's duas das principais casas de show do festival. De quebra, quem fecha a noite deles é o Dillinger Escape Plan. Vão ser vistos nem que não queiram.
Garotas Suecas
Assinados com a Panache Booking, esses tão bem encaminhados. Tocam no showcase da agência no Emo's Jr, que nada mais é que uma tenda na esquina mais nobre do festival, em frente ao Emo's. A mesma noite o Oh Sees, banda hypada e tal. Outros que vão ser bem vistos.
Cassim & Barbária
Toca entre bandas norueguesas e californianas, todas desconhecidas, no mesmo pico em que rola a noite brazuca, o The Rio. Sem previsões.
La Pupuña
Noite de world music, no mesmo pico em que o Holger vai tocar. Também sem previsões.
Também tocam no SXSW: Pato Fu, Telerama, Vandex, Oxe, Erika Machado, River Raid, Los Pirata, Canja Rave, Tita Lima, N.A.S.A (bom, esse é metade), e acho que alguns outros que nem devo conhecer...
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