31 de out. de 2007

no milo

por Flávia Nalon e Fábio Prata
www.ps2.com.br

01/11 Bodes & Elefantes [São Paulo; idm/experimental]
www.myspace.com/bodeseelefantes
DJs: Eric e Cesinha + Centro Cultural Batidão
www.last.fm/event/398318

08/11 Polícia Montada [São Paulo; indie-rock/psych-pop]
www.tramavirtual.com.br/policia_montada
DJs: Tom Noble + Centro Cultural Batidão
www.last.fm/event/398321

15/11 Slim Rimografia [São Paulo; hip-hop/eletrônica]
www.myspace.com/slimrimografia
DJs: Jecatron Sound System + Centro Cultural Batidão
www.last.fm/event/398320

22/11 Are You God? [São Paulo; grindcore/death metal]
www.myspace.com/areyougod
DJs: DJJJ + Centro Cultural Batidão
www.last.fm/event/398323

29/11 Flaming Moe tocando Hellacopters [São Paulo; stoner-rock/hard rock]
www.myspace.com/theflamingmoe
DJs: DJ Mulher + Centro Cultural Batidão
www.last.fm/event/398324

Entrada R$ 10

Milo Garage
Rua Minas Gerais, 203
Metrô Consolação

www.peligro.com.br

29 de out. de 2007

timfa rj 2007

Organização zero. Show do Antony bom mas curto. Show do Hot Chip bom mas curto. Bjork me surpreendeu com um showzão. Girl Talk destruiu. E foi curto e tarde. Spankrock se fudeu com o som. Arctic Monkeys também foi legal. Vi pouco da Cat Power mas gostei também - ela tava mais à vontade que em São Paulo . Sambinha do Guab com o sol nascendo lá no mar foi demais. Não vi muito mais que isso. Acho que não perdi muito.

25 de out. de 2007

eletronika

ELETRONIKA 2007 ACONTECE DE 14 A 16 DE NOVEMBRO EM BELO HORIZONTE

Festival traz 16 atrações, entre elas LCD Soundsystem, Battles e The Field

Belo Horizonte assiste de 14 a 16 de novembro a mais uma edição do
ELETRONIKA, Festival de Novas Tendências Musicais, com uma programação que
inclui shows, DJ sets e debates que mostram um panorama do que está sendo
produzido atualmente na música. A edição de 2007 traz 16 atrações nacionais
e internacionais divididas entre o Chevrolet Hall, Roxy Club e Multiespaço
Oi Futuro.

O Chevrolet Hall recebe no dia 14/11, quarta-feira véspera de feriado, as
apresentações dos novaiorquinos do LCD Soundsytem, em mini-turnê pelo
Brasil, o alemão Shir Khan, DJ Kowalsky (BH), Bo$ in Drama (Curitiba) e a
estréia do projeto que reúne o Turbo Trio ao DJ Chernobyl e o Mixhell, duo
formado por Iggor Cavalera e Layma Leyton. No Roxy Club dia 16,
sexta-feira, apresentam-se os novaiorquinos do Battles, o live P.A. do The
Field, de Estocolmo (Suécia), além dos DJs Mau Mau (SP), Fred Mafra (BH),
Dago Donato (SP), Killer Shoes (BH), Gente Bonita (SP) e Miranda (SP).

O Multiespaço Oi Futuro recebe entre dias 14 e 16/11 o ciclo de debates
"Nós e a Rede - O convívio com a internet e a onipresença da música",
comandado pelo jornalista Alexandre Matias, editor do LINK, caderno de
Informática do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ingressos custam de R$ 25 a R$ 60 e estão à venda somente na bilheteria
do Chevrolet Hall, que fica na Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, no bairro
Savassi, em Belo Horizonte. O telefone é (31) 3209-8989.

PROGRAMAÇÃO

Dia 14/11/07 - Chevrolet Hall

22:00 - 23:30 - Kowalsky (BH)
23:30 - 00:30 - Turbo Trio x Mixhell X Chernobyl (SP-POA)
00:30 - 02:00 - Shir Khan (Berlim)
02:00 - 03:30 - LCD Soundsystem (NYC)
05:30 - 07:00 - Bo$$ in Drama (CWB)

Dia 16/11/07 - Roxy Club

Pista 1

23:00 - Dago (SP)
00:30 - Battles (NYC)
01:30 - The Field (Estocolmo)
02:30 - Mau Mau (SP)
04:30 - Fred Mafra (BH)

Pista 2

00:00 - 01:30 - Killer Shoes (BH)
01:30 - 03:00 ? Gente Bonita (SP)
03:00 - 05:00 - Miranda (SP)


CICLO DE DEBATES ELETRONIKA 2007

Dia 16/11, sex - Entre o YouTube e a MTV

A Importância do Vídeo como Veículo

- Carlos Eduardo Miranda (jornalista, produtor)
- Renata Simões (jornalista, apresentadora do Multishow)
- Dagoberto Donato (editor do site TramaVirtual)
- Israel do Vale (jornalista)

SERVIÇO

::ELETRONIKA 2007::

Data: 14/11/07 - quarta-feira
Atrações: LCD Soundsystem (NYC), Jon Carter (Londres), Shir Khan (Berlin),
Turbo Trio x Mixhell X Chernobyl (SP-POA), Bo$$ in Drama (CWB), Kowalsky
(BH)
Local: Chevrolet Hall
Endereço: Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 - Savassi, Belo Horizonte/MG
Fone: (31) 3209-8989
Ingressos: primeiro lote = R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Site: www.chevrolethallbh.com.br

Data: 16/11/07, sexta-feira
Atrações: Battles (NYC), The Field (Estocolmo), Mau Mau (SP), Fred Mafra
(BH), Dago Donato (SP), Killer Shoes (BH), Gente Bonita (SP), Miranda (SP)
Local: Roxy Club
Endereço: Rua Antonio de Albuquerque 729 ? Savassi, Belo Horizonte/MG
Fone: (31) 3269-4410
Ingressos: R$ 35,00 (masculino), R$ 25,00 (feminino)
Obs.: Bônus de R$ 10,00 em drinks para quem chegar até 00h.

Ciclo de Debates
Datas: 14, 15 e 16/11
Local: Oi Futuro - Multiespaço/Oi Futuro
Endereço: Av. Afonso Pena, 4001 - Térreo ? Belo Horizonte/MG
Fone: (31) 3229-3131
Horários: dia 14 ? 19hs; dia 15 ? 16hs; dia 16 ? 19hs
Entrada: Gratuita

19 de out. de 2007

covers

o Thiago Ney pediu pra eu escolher meus três covers prediletos. Escolhi os três favoritos do momento. Não sei se tenho favoritos de todos os tempos. A lista tá aqui, junto com as escolhas do Massari, Matias, Werneck e mais um monte de gente.

16 de out. de 2007

antes tarde...

Na semana retrasada fui pra Montreal à convite da organização do festival Pop Montreal, para assistir aos shows e participar de algumas palestras / debates. Finalmente tô colocando aqui um balanço das coisas mais legais que vi no festival. O Pop é um festival que acontece simultaneamente em diversas casas, de quarta a domingo. Maratona fudida. É um festival de escolhas. Você tem que se planejar bem e usar bastante as pernas / metrô / taxi / ônibus. Acho que acertei nas minhas escolhas, apesar de - com dor no coração - ter deixado muita coisa foda de lado. Saca só como foi:

- Fujiya & Myagi (foto) - gostei da jeito que o vocalista coloca a voz sussurada e das dinâmicas vocais entre os três integrandes, além dos barulhinhos com a boca que vira e mexe o vocalista faz. A músicas mais quebradas são sensacionais, mas as mais kraut deixam um pouco a desejar. São meio vazias e tal. Fora que falta um baterista pra essas músicas. Sei lá, acho que a nessas horas sou mais o Zeroum.

- Patti Smith + A Silver Mt. Zion - o lugar escolhido para este show surpresa foi o clube ucraniano. Não tenho certeza, mas acho que era uma igreja. Não houve ensaio, e logo na primeira música a Patti Smith se atrapalhou com o violão. Deixou ele de lado e recomeçou a música, só com o ASMZ acompanhando . E foi lindo. O show se dividia entre algumas músicas (sempre ficava perfeito), alguns poemas acompanhados pela banda (perfeição também - era como se a leitura fosse mais um elemento das sessions de improv), e mais outros poemas sem acompanhamento (sono... aí já é demais). Saí correndo sem ver o fim do show porque o Pere Ubu me esperava não muito perto de lá.

- Pere Ubu - diz aí, que banda com 30 anos de atividade ainda tem vontade de fazer um bis de 40 minutos? David Thomas é uma entidade, um monstro em todos os sentidos. Gigante, gordo, ele deixa uma cadeira no palco, pra sentar durante as partes instrumentais. Bebe o show interio. Fala entre as músicas, sempre muito engraçado. A banda inclui uma baixista made in Albinópolis e um baterista mais jovem que parece saído de uma banda punk californiana dos anos 80 e mais dois tiozinhos, um na guitarra e outro nos "efeitos". O show é bonito e sujo, pós-punk alienígena ao mesmo tempo cerebral e orgânico. Foi a primeira vez que vi canadenses pogando.

- The Most Serene Republic - uma das bandas mais legais da Arts & Crafts (Broken Social Scene, Feist, Los Campesinos, Stars), fez um show num lugar pequeno, no showcase do selo, aproveitando o lançamento do segundo disco. Comandados por um vocalista e trombonista figura e uma menininha que se divide entre guitarras e vocais, fazem um som que vai na linha do rock caótico do Broken Social Scene. Pós-rock juvenil, cheio de vontade, barulhento e, muitas vezes, até doce.

- Half Japanese (foto) - as pessoas que me viam andando com um sorrisão na cara a uma da manhã da St-Laurent não deviam entender muita coisa. Não sabiam que eu era um dos cerca de 50 felizardos que tinham acabado de ver Jad Fair ao vivo no pequeno palco do clube português. Como era de se esperar, foi um show direto, seco. E torto. Um dos guitarristas loopa barulhos que faz com a boca, criando efeitos bem legais. Jad Fair, claro, é a estrela - mesmo usando Crocs nos pés. No final sensacional, todos os integrantes desafinam seus instrumentos durante a música, numa lição prática das palavras (" tuning the guitar is kind of a ridiculous notion") de David Fair em seu famoso artigo "How To Play Guitar". Depois disso, Jad ainda despluga sua guitarra e vai cantar na frente do palco, sem microfone, enquanto os outros integrantes batucam no chão e caixas de retorno, e o guitarrista / beatboxer puxa o ritmo das palmas na platéia. Final mágico para um show incrível.

- A-Track e DJ Mehdi - final de noite perfeito. O lugar devia ter umas duas mil pessoas, todas chacoalhando com a discotecagem dos caras, que juntam tudo aquilo que a gente gosta: hip hop, miami, pancadão, baltimore house, aquelas coisas da ed banger e "Jump Around", claro.

- Apollo Sunshine - não conhecia. A banda abriu para o Dr Dog. Psicodelia country na medida. Space-country, se me permitem.

- Dr Dog - o Dr Dog é daquelas bandas que dá gosto de ver ao vivo. Apesar do público pequeno, os caras são totalmente empolgados. As vozes são lindas e as harmonias vocais perfeitas. As músicas, que nos discos já têm uma vibe meio ao vivo, no show ficam ainda melhores. Processam Paul McCartney, George Harrison, The Band e Neil Young em clima de jam celebratória. Saí de cara.

- Ted Leo & the Pharmacists - taí um show que eu tava louco pra ver e acabou me desapontando. Não que tenha sido ruim. Mas, logo depois da "experiência" Dr Dog, o show acabou soando vazio. Valeu pela cover de "One More Time", do Daft Punk.

- Peer Pressure DJs - a Ana Laura definiu os caras como o Centro Cultural Batidão de Montreal. Fiquei honrado. Figuras locais com público fiel e espírito festeiro. Assim como A-Track e DJ Mehdi na noite anterior, "juntam tudo aquilo que a gente gosta: hip hop, miami, pancadão, baltimore house, aquelas coisas da ed banger e 'Jump Around', claro". Haha.

- Oakley Hall - só vi uns 20 minutos, porque tinha que correr para ver o Islands. Ótimos 20 minutos, diga-se. Saca aquele papo de "música cósmica americana" inventado pelo Gram Parsons? Esses caras - e minas - já podem se candidatar a herdeiros.

- Islands - eu amo o disco do Unicorns. E amo o primeiro disco do Islands. E eis que Nick Diamonds e cia - cia que inclui doi violinistas chineses de smoking, vale lembrar - fizeram de sua primeira apresentação em mais de um ano (no cabaret do Just For Laughs! fiquei feliz em visitar o lugar), um show de quarenta minutos, quase exclusivamente com músicas novas. O que eu posso dizer é que músicas novas estão fantásticas. Mas, quem espera surpresas, pode desencanar. Elas seguem a mesma linha das do "Return to the Sea". Durante o corpo do show, foram só duas músicas antigas. Antes de tocar a primeira delas, o Nick solta "não vamos tocar muitas músicas velhas. Nós odiamos elas". Depois dessa, a última antes do bis foi "where there's a will there's a whalebone", com participação, além do Subtitle (qu já canta na música), de outro cinco rappers se revezando (o único que reconheci foi o Cadence Weapon; suspeito que um dos outros seja o Buck 65). Já estávamos reclamando do show curtíssimo quando eles voltam para um bis de mais de meia hora. O Nick abrindo o bis: "Como eu já disse, odíamos as músicas do disco antigo. Vamos tocar uma delas pela última vez. Vomitei duas vezes por causa disso. Aliás, nem vou cantar esta música. Vamos chamar um convidado especial pra cantá-lo. Aaaantony!". Aí entra o baterista travestido de Antony e eles fazem uma interpretação à Antony pra uma das músicas deles. Sei lá qual, não reconheci. O bis ainda tem um versão gigantesca de "Humans". Delírio.

- Black Mountain (foto) - Falando em delírio... Saí correndo do show do Islands pra pegar o Black Mountain começado. Perdi uns vinte minutos de show. Sem problemas: a apresentação durou duas horas, incluindo um bis brutal. "Vocês ainda tão aí?", perguntou um dos caras ao final do bis. Nossa, eu ficaria dois dias vendo aquilo. A banda te conduz do paraíso ao inferno e vice-versa de momento em momento - isso sem te tirar do nirvana. Tudo o que eu consegui pensar durante o show todo era que toda banda pesada deveria ser daquele jeito. Em tempo: QOTSA não serve pra limpar a bunda do Black Mountain.

- The National - Uma das coisas que chama atenção é que as músicas são estruturadas pelas linha pouco convencionais do baterista. Outra é o violinista possuído. A terceira é a bela voz do vocalista, que ao vivo ganha um contorno de fragilidade que não se esperaria. O show é concentrado no repertório de "Alligator" e "Boxer", dois dos discos mais legais do últimos anos. A músicas são lindas, e a casa lotada as recebe com reverência.
Fechou o meu festival com chave de ouro.

- o que eu perdi -
Caribou, Miracle Fortress, Final Fantasy, Man Man, Shapes and Sizes, Kid Sister, Cadence Weapon, Thunderheist, Jamaica to Toronto, Buck 65, Telefauna, Sunset Rubdown, Ron Sexmith, Lighting Dust, Eric's Trip, Grizzly Bear, Bocce e mais uma porrada de coisa...

é du brésil!



Aproveitando minha passagem por Montreal e, mais especificamente pela casa dele, meu camarada Charles me convidou pra participar do programa semanal dele na Choq FM, num especial com músicas brasileiras. Escolhi Chambaril, Cidadão Instigado e Novos Baianos. Os caras ainda botaram um monte de coisas, de Mzuri Sana a Raul Seixas. Ah... tá em francês, mas eu falo português.

:: dá pra baixar aqui

coquetel

pra quem não foi:

11 de out. de 2007

9 de out. de 2007

é tendência


- violinos – nunca vi tanta banda usando violino quanto nessa semana: Beirut, Silver Mount Zion (três), Oakley Hall, Islands (dois), The National. Subtendência: tocar violino como se fosse um ukelele (ou cavaquinho). Rolou nos shows do Islands e The National;
- Barba – tá com tudo entre as bandas. Destaque para a do cara do Apollo Sunshine, ruiva;
- “Jump Around”, do House of Pain – apareceu nas discotecagens do A-Track com o DJ Mehdi e dos Peer Pressure DJs. E o povo foi à loucura. Vou adotar fudido;
- “One More Time”, do Daft Punk – rolou uma versão no show do Ted Leo e, na mesma noite, na discotecagem dos Peer Pressure;
- Aba reta – é assim que a molecada usa os bonés;
- Cachecol, lenço, pano ou qualquer coisa amarrada no pescoço – outra moda da molecada.

onze motivos pra amar montreal


- perdi minha câmera no show do National. Alguém encontrou e devolveu no bar;
- parques e jardins das casas cheios de esquilos e folhas secas de maple – vermelhas, amarelas, marrons;
- bagels da St-Viateur. Sentar num café na St-Viateur e ficar observando os judeus ortodoxos;
- as lojas da St-Laurent, as baladas da St-Laurent, os cafés da St-Laurent, os shows na St-Laurent;
- as vistas do Mont Royal e do parque Jean-Drapeau;
- Pop Montreal e a galera do Pop Montreal;
- Lance, o atendente noturno do McDonalds em Guy-Concordia;
- poutine;
- o casal Theoret – os melhores anfitriões. E o Charles ainda tem uma coleção de discos fudida;
- Au Pied De Cochon – hambúrguer de foie gras, poutine de foie gras
- bons shows a todo momento, com público bem informado, curioso, entusiasmado.

4 de out. de 2007

no milo



foto por Eugenio Vieira
www.eugeniovieira.com

Peligro no Milo Outubro 2007

04/10 Labirinto [São Paulo; post-rock/experimental]
www.myspace.com/labirinto
DJs: Antipop DJs + Augusto Olivani

11/10 The Twelves [Rio de Janeiro; electropop/dance]
www.myspace.com/the12s
DJs: Raphael Caffarena + Centro Cultural Batidão

18/10 Objeto Amarelo [São Paulo; pós-punk/experimental]
www.myspace.com/objetoamarelo
DJs: Hidaka e Mandaji + Centro Cultural Batidão

25/10 Zefirina Bomba tocando Nirvana [João Pessoa; grunge/punk-rock]
www.myspace.com/zefirinabomba
DJs: Breno x Eugenio + Centro Cultural Batidão

Entrada R$ 10

Milo Garage
Rua Minas Gerais, 203
Metrô Consolação

www.peligro.com.br

noite dos tiozinhos

O pop Montreal começou ontem. Festival assim é complicado. Tem shows bons simultaneamente por toda cidade e você acaba não conseguindo ver tudo o que quer. Acaba tendo que fazer opções. Acho que ontem me dei bem com as minhas ecolhas. Comecei com um show surpresa da Patti Smith. Foi meio de improv, com nada menos que o Silver Mt Zion como banda de apoio. O lugar, o Clube Ucraniano, era foda. Show lindo. Não pude ver até o final. Corri pra outro canto pra pegar o Pere Ubu já começado. Foi FUDIDO! Logo mais eu falo mais dos shows. Esse post era pra dizer que. Apesar de ter visto dois shows incríveis, ficou uma frustraçãozinha por perder o Caribou e o Magnolia. Mas não tenho dúvidas de que acertei em ver o Pere Ubu.

1 de out. de 2007

dilema

Pere Ubu X Caribou X Magnolia Electric Co.

E aí, qual eu vou? É tudo no mesmo dia, na mesma hora.

let the seasons begin


Era a quarta noite sold out do Beirut na Sala Rosa, que é um pouco maior que o CB, só que sem mesas e cadeiras. Tinha fila na porta, gente implorando por ingressos, brasileiros tentando esqueminhas pra conseguir entrar. Tive a sorte de terem incluído meu nome na lista. cheguei cedo e aproveite pra jantar no restaurante do lugar. A Sala Rosa fica no Clube Social Espanhol. O prédio agora é do povo da Constellation, que comanda a casa de shows e o restaurante, mas garante o local pros velhinhos espanhóis jogarem baralho. Enquanto jantava - o serviço era leeeento -, a fila se formava. Quem abriu a noite foi a one band Alaska in Winter, que me surpreendeu com um show bem legal, enquanto o público entrava na casa. O cara solta as bases e só canta, com a voz alterada por um vocoder. Enquanto isso, o telão mostra o figura tocando todos os instrumentos da música, com a mesma roupa que ele está usando na hora. Muito massa. Depois veio a Colleen, que fez todo mundo sentar no chão para um show tão curto quanto bonito, todo feito com loops criados na hora de instrumentos variados, como celo, clarinete, violão e até caixa de música. Então teve o Beirut. Caralho, que show impressionante. São sete caras e uma mina no palco. Ao vivo, as músicas do Zach Condon, que já são fudidas, fazem mais sentido ainda. O Zach é um menininho, cara de bebezão, completamente nerd, com dock sides e cinto trançado. Dança atrapalhado, esbarra sem querer nos músicos empoleirados no palco pequeno. Mas que voz, tem o cara. Voz e carisma. O resto da banda toca como que hipnotizado por ele, canta junto, sente as músicas. O público, então, nem se fala. Só vi coisa parecida em show do Los Hermanos. Tá, e no do Arcade Fire. É um festival de mãos no rosto, cabelos puxados e gritos ensandecidos. Zach retribui em francês. Encabulado, grita como a platéia. E a música é sublime. Encontro perfeito de ritmos do leste europeu com metais de mariachi. O show foi ontem à noite. Tô bobo até agora. Escreve aí: esses caras vão ser muito grandes.

complemento: esqueci de dizer que teve que rolar um segundo bis. Voltou o Zach sozinho com um ukelele. E tocou "Halleluya", do Leonard Cohen. Não preciso dizer que o lucar veio abaixo.

jfk

Depois de passar pela burocracia pesadelo de Nova York, entrei no aeroporto e a música que tava rolando no sistema de som interno era "Young Folks". Teve uma hora que tocou Feist também.

nueva york X montreal

Pra chegar em Montreal tive que fazer conexão no JFK, em Nova York. Pesadelo fudido. Fila pra revista, fila pra imigração, fila pra alfândega, tudo acompanhado de funcionários devidamente mal-humorados. Isso fora o carrinho das malas, alugado a três doletas. Aí chego em Montreal: um aeroporto imenso, lindo, todo vazio. Trocentos guichês de alfândega e imigração, todos com funcionários simpáticos e sorridentes. Fila nenhuma. Milhares de carrinhos disponíveis para a mala. Ah, o primeiro mundo...