25 de set. de 2008
santogold + altas surpresas
Parecia que a noite tava fadada ao desastre. Pra começar que cheguei no hotel de Toronto e não achavam minha reserva. Legal. Quer dizer, já tinha começado antes, com o cancelamento do Mogwai / Fuck Buttoms, que era o único motivo da minha vinda de um dia pra cá. Demorou pra caralho, mas acharam. E, obrigado priceline, por me achar um hotel de putão por preço de motel. Pena que aproveitei muito pouco porque o show tava marcado pras sete da noite. Aí que fui correndo pro pico e... chego lá e o lugar ainda tá vazio. E eu não tinha jantado. E eu já tinha certeza que ia ser uma merda. Quase oito e entra uma banda de abertura, Low Vs Diamond. Fraquinha. Tipo, ouviram U2 demais. As outras 10 pessoas que tavam por lá até que gostaram. Eu já tava pensando em desistir, voltar pro hotel. O lugar era uma balada bonitona, mais ou menos com metade do tamanho da Clash. Daí vi um cara com a camiseta do Palmeiras e, claro fui trocar idéia. Quando me dei conta, a casa já tava começando a encher. E entrou no palco a primeira surpresa, o Let's Go To War. Já tinha falado deles aqui. O show é foda. São quatro pessoas no palco: um DJ, um tecladista, um baterista e um MC. Show massa, mistura de hip hop e eletrônica na medida. E quem entra em seguida? A-Trak, o cara. Ele é foda mesmo. Segunda vez que vejo ele tocando e segunda vez que fico de cara. Ele mistura farofada com coisa fina, dá show de virtuosismo, mas tudo em prol da pista. Pista, que a esta altura já estava lotada. E que beleza de pista, tipo um melting pot gone right de garotas lindas e descoladas: loiras, orientais, negras, latinas. Belo público, esse da Santogold. E o show dela foi do caralho. O lance é só ela, um DJ, e duas backing vocals / dançarinas, que são uma mistura de hoochie mammas com o exército do Professor Griffin do Public Enemy. Ela tem voz de verdade e, como não tem banda, carrega mais no reggae / batidão do que na new wave. Rolou a versão de "Guns of Brixton" e esse lance massa, com base sampleando Panda Bear:
No fim das contas, valeu a pena. E muito.
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