Nada melhor pra se sentir nos EUA do que um sanduíche de bacon, chedar e ovo no sourdough. Esse foi meu café da manhã no aeroporto de Chicago, numa rota imbecil que me meti pra chegar onze da manhã numa Austin ensolarada. Uma vez na cidade, almoço familiar num restaurante com duas quadras de vôlei de praia. Engraçado presenciar o primeiro dia com cara de verão numa área do globo em que as estações do ano existem de verdade. Parece que todos decidem viver fora de casa ou do escritório, mesmo que seja numa segunda-feira: parques cheios, gente levando os cachorros pra nadar no rio, bares lotados.
Do almoço para o Motel Super 8 pra encontrar os Troncos, Holgers, Teca e o Enrico. Me instalei e esperei. Chegam os caras amontoados em um Hyundai alugado, dando a nota do que seriam meus dois primeiros dias por aqui. O dia terminou com uma festinha clima white trash no corredor do hotel - transferida para meu quarto quando os vizinhos reclamaram. "Não estamos fazendo nada que não tenhamos visto no My Name Earl", disse o sábio Sérgio Ugeda, que lá pelas tantas tava desmaiado em uma das cadeiras. Nem lembrava, no dia seguinte, da chegada do Nobre, direto do Canadá, no começo da madrugada.
Segunda noite terminou do mesmo jeito. Dessa vez, a festinha foi na casa alugada pelos troncos e holgers, que também conta com Teca, Nobre e Ben "Max Tundra" Davis - que chegou na madruga - como habitantes. Massa essa história de se poder alugar uma casa pelo tempo do festival. Fe e Beto chegaram de manhã e nós virtuais nos instalamos num Ramada a menos de dois km da casa. Numa cidade com grandes distâncias entre os lugares e zero transporte público como Austin - ou como qualquer cidade americana tirando Nova York - isso é ótimo.
De tarde rolou o credenciamento no centro de convenções, e lá encontramos o Lúcio. Dada a crise, a sacola do festival tá bem mais modesta em brindes. Também não dá pra saber de quem é o desenho, que no ano passado ficou a cargo do Thurston Moore. De lá, um bela caminhada até a inacreditável Waterloo Records e muitos dólares trocados por vinil. O legal é que a loja tem um bar, onde emendamos um esquenta. Em frente, o incrível Whole Foods, uma espécie de Empório Santa Luzia só de produtos orgânicos. E, pior - ou melhor -, tudo delicioso. Se tivesse um lance desse no Brasil eu seria a pessoa mais saudável do mundo. Por aqui, serviu pra aliviar o peso na consciência do estrago que só tá começando. Agora e dormir e ver o que nos espera amanhã, primeiro dia do festival.
Um comentário:
Qd eu crescer quero ser um Dago!!!
Q merda de vida é essa q eu levo???
kkkk
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