29 de ago. de 2007
vontade
Miguelito (México / sul dos EUA) - balinha de tamarindo em pó. É doce, salgada e apimentada ao mesmo tempo. Parece que a venda nos EUA foi proibida no ano passado.
piparkakut (Finlândia) - são conhecidos em inglês como gingerbread cookies e populares em toda Escandinávia. Eu podia viver disso.
Tronaditas (Costa Rica) - chips de milho com limão. Viciante.
Chicharritos (Costa Rica) - Tipo um Baconzintos com um toque de limão. Ainda melhor que Tronaditas.
sorvete de banana split (Argentina) - sorvete de banana, com flocos de chocolate e gomos de doce de leite cremoso. Os melhores são da Persicco e da Freddo.
Thorntons chocolate caramel shortcakes (Reino Unido) - descoberta do ano! A Thorntons é tipo uma Kopenhagen do Reino Unido. Esses bolinhos foram aprovados por toda Open Field Church, toda minha família e toda equipe da TramaVirtual.
28 de ago. de 2007
music for restaurants
Na semana passada fui com o Six, a Fê, o Emo e o Denem na Hamburgueria Nacional. Pra variar, o almoço foi ótimo. Ainda mais que ganhamos do primo do "nenem", que é sócio do local, sobremesas deliciosas e cafés Nespresso. Tudo lá é meticulosamente pensado. O outro sócio é Jun Sakamoto, famoso por ser o melhor sushiman da cidade. A receita do hamburguer veio de um bom tempo de pesquisa e o nível de detalhismo é assombroso para uma lanchonete. O ambiente também é agradável, sofisticado, arejado. Tudo uma beleza. Mas toda vez que vou lá fico chocado com a música ambiente: geralmente, rolam DVDs de coisas do naipe de Simply Red e Divas. Aí eu sempre me pergunto: por que diabos nunca ninguém pensa na música? É sempre assim: quanto mais sofisticado o lugar, pior a música. Aí o Six encontrou esse vídeo aí embaixo, do Brian Eno explicando porque fez seu Ambient 1 (Music for Airports). O cara pensa a mesma coisa.
27 de ago. de 2007
doble
É nesse sábado, a primeira Peligro Doble, no Inferno. Os shows:
- The Supersonicos, do Uruguai
- Culto ao Rim
Eu discoteco, claro.
24 de ago. de 2007
protocast
Encontrei nas minhas coisas um dos Audiozines, acho que o último. Passei mal. Além do clássico "Alguem Aí", tem Grenade em português, Cigarrettes eletrônico, música perdida do Blue Afternoon, Headache e Jerrsons, Belleatec, Songs:Aclima, Moreira cantando em inglês e zoação pra cima de todo mundo. O Du, o Gui e o Eugênio apresentando são tipo um IT Crowd indie. Sensacional. Baixaê e ouve:
Audiozine
Audiozine
22 de ago. de 2007
vai que vale a pena
na Virtual:
- os suecos que estão vindo pro Brasil: Suburban Kids With Biblical Names e Love is All
- Fantasmagoria, a banda do Gori, ex-Fun People; que logo vai ser lançada no Brasil pela Maldita Sea
- algumas músicas de Bandeirante, belo CD do Telepatas que acaba de sair
- Pélico, banda que vi ontem ao vivo e achei bem legal
- os suecos que estão vindo pro Brasil: Suburban Kids With Biblical Names e Love is All
- Fantasmagoria, a banda do Gori, ex-Fun People; que logo vai ser lançada no Brasil pela Maldita Sea
- algumas músicas de Bandeirante, belo CD do Telepatas que acaba de sair
- Pélico, banda que vi ontem ao vivo e achei bem legal
16 de ago. de 2007
d-d-dance
Pra entrar no clima do Milo, essa aqui é sucesso lá. Descobri o A.P.B. em uma coletânea de pós-punk que a Soul Jazz lançou no começo do ano. Os caras eram escoceses e fizeram algum sucesso em Nova York na época. Lançaram só um disco, "Something to Believe In", em 85, e chegaram abrir shows do James Brown e gravar algumas sessions na Radio 1, mas ficaram nisso. No ano passado "Something to Believe In" foi relançado com faixas bônus. Saiu também uma coletânea com as gravações da BBC. Ainda no ano passado, a banda voltou à ativa e tá lançando um disco novo este ano. Esse eu ainda não ouvi. Nem tenho muita vontade. Essa All You Life With Me, do primeiro disco, tem linha de baixo colossal, batida desencontrada à ESG e alguma coisa do Liquid Liquid. Ou seja, petardo certeiro. Baixaê e depois vai atrás do disco todo.
- A.P.B. - All Your Life With Me
14 de ago. de 2007
a comet appears
Entrevistei o James Mercer, no backstage do show do Shins, em Montreal. O resultado tá no site da da +Soma. Aproveitando a vibe, assiste aí o clipe de "New Slang", do primeiro disco deles, e vê quantas capas de disco você acha.
moosic
Em março eu fui convidado para ir ao Canadá para participar de uma mesa no CMW (Canadian Music Week). Entre os shows que estava mais empolgado para ver, estava o do KTU, a banda do acordeonista finlandês Kimmo Pohjonen com dois ex-King Crimson. O show, para poucas pessoas no bar de um hotel, foi ainda melhor do que eu esperava, uma das melhores coisas que vi ao vivo este ano. O Kimmo é demente, toca de vestido, coturno e moicano. O som mistura eletrônica, batidas tribais e vocais fantasmagóricos, passeando pelos terrenos da IDM, do math rock e do prog. Botei aí embaixo outra belezinha finlandesa, o Dalindeo. A real é que essa música veio na coletânea que acompanha a revista Word de agosto. Achei ótima, brasileirismo na mosca. Até coloquei no Milo no entre uns sons brasileiros e funcionou bem. Mas fui ouvir as outras coisas deles no Myspace e não curti tanto. A foto aí em cima é do show do KTU em Toronto.
- KTU - Optkus
- Dalindeo - Poseidon
13 de ago. de 2007
mais uma quinta...
Essa aconteceu na última quinta, no Milo, lá pelas quatro da manhã. Tinha pouca gente da pista, alguns casais e um turminha de umas sete ou oito pessoas. Eu já tinha desacelerado, tava colocando umas coisas mais calminhas pro pessoal ir embora em paz e feliz. Aí chega uma menina do grupo em mim:
- Vem cá, a gente acabou de ganhar uma conta na agência e estamos celebrando aqui. Tem como tocar uma coisa mais agitada?
Fiz o legal e botei umas coisas mais pra cima: talking heads, shins, of montreal, shout out louds. A menina volta:
- Então, preciso agradar meu chefe... Toca um som mais pra cima...
Falei que isso era o que eu tinha de mais pra cima e coloquei Devo. Ela vem de novo:
- Essa tá muito caída. Não tem nada mais legal?
Respondi:
- Desculpa, mas não tenho som de publicitário. Se você não gosta de Devo não tem porque estar aqui.
Ela foi até a turminha e voltou em dez segundos:
- Você quer dinheiro pra tocar o que a gente quer?
Na hora não acreditei, até perdi o rebolado. Devia ter aceitado, pedido 100 reais por música, haha. Mas o que fiz foi olhar pra ela puto e perguntar se ela tava louca. Então, depois do Devo botei a primeira coisa que vi na frente e fui até o banheiro. Quando eu volto tem um palhaço da turminha mexendo do mixer. Delicadamente, com um empurrão botei ele pra fora da cabine e falei pra ele sumir da minha frente antes que fizesse uma bobagem (não foi bem nesses termos, mas beleza). Um outro, de blazer e camisa social veio tirar satisfação e só não chegamos às vias de fato porque o Felipe, o Gui e depois o Fernando chegaram e impediram.
Moral da história: publicitário é tudo cuzão. Isso foi o que eu disse pra eles. E, de certa forma, acredito. Não sou de generalizar. E conheço um monte de gente que não é assim: Lulins, Keke, Mini... Todos geniais, todos gente fina. Não por acaso, eles fogem da auto-referência e a presunção "eu conheço tudo o que é bom, se eu não conheço é porque não é bom" que costuma reger o meio deles. Fiquei imaginando a turma da agência combinando a balada: "tem um lugar superdescolado lá na Minas Gerais para a gente comemorar, tem paredes grafitadas, um pessoal bem alternativo...". Mas neguinho chegou lá e não tava tocando "Mr Jones". Nem psy. Nem sei lá o cazzo que eles queriam ouvir. "Então vamos comprar o som que a gente quer". E por aí vai. Isso me lembrou a história que o Adriano contou, da época em que ele fazia jingles, e era obrigado a plagiar as músicas que chegavam como "referência". Ou da vontade de vomitar que tenho cada vez que vejo uma peça "jovem"(olha isso e isso). Ou no Fábio, que depois de poucos meses, pediu demissão de uma agência de renome porque não aguentou tanta cretinice. Se bem que idiota tem em qualquer lugar. Às vezes eu esqueço que sou jornalista e escrevo sobre música. haha.
- Vem cá, a gente acabou de ganhar uma conta na agência e estamos celebrando aqui. Tem como tocar uma coisa mais agitada?
Fiz o legal e botei umas coisas mais pra cima: talking heads, shins, of montreal, shout out louds. A menina volta:
- Então, preciso agradar meu chefe... Toca um som mais pra cima...
Falei que isso era o que eu tinha de mais pra cima e coloquei Devo. Ela vem de novo:
- Essa tá muito caída. Não tem nada mais legal?
Respondi:
- Desculpa, mas não tenho som de publicitário. Se você não gosta de Devo não tem porque estar aqui.
Ela foi até a turminha e voltou em dez segundos:
- Você quer dinheiro pra tocar o que a gente quer?
Na hora não acreditei, até perdi o rebolado. Devia ter aceitado, pedido 100 reais por música, haha. Mas o que fiz foi olhar pra ela puto e perguntar se ela tava louca. Então, depois do Devo botei a primeira coisa que vi na frente e fui até o banheiro. Quando eu volto tem um palhaço da turminha mexendo do mixer. Delicadamente, com um empurrão botei ele pra fora da cabine e falei pra ele sumir da minha frente antes que fizesse uma bobagem (não foi bem nesses termos, mas beleza). Um outro, de blazer e camisa social veio tirar satisfação e só não chegamos às vias de fato porque o Felipe, o Gui e depois o Fernando chegaram e impediram.
Moral da história: publicitário é tudo cuzão. Isso foi o que eu disse pra eles. E, de certa forma, acredito. Não sou de generalizar. E conheço um monte de gente que não é assim: Lulins, Keke, Mini... Todos geniais, todos gente fina. Não por acaso, eles fogem da auto-referência e a presunção "eu conheço tudo o que é bom, se eu não conheço é porque não é bom" que costuma reger o meio deles. Fiquei imaginando a turma da agência combinando a balada: "tem um lugar superdescolado lá na Minas Gerais para a gente comemorar, tem paredes grafitadas, um pessoal bem alternativo...". Mas neguinho chegou lá e não tava tocando "Mr Jones". Nem psy. Nem sei lá o cazzo que eles queriam ouvir. "Então vamos comprar o som que a gente quer". E por aí vai. Isso me lembrou a história que o Adriano contou, da época em que ele fazia jingles, e era obrigado a plagiar as músicas que chegavam como "referência". Ou da vontade de vomitar que tenho cada vez que vejo uma peça "jovem"(olha isso e isso). Ou no Fábio, que depois de poucos meses, pediu demissão de uma agência de renome porque não aguentou tanta cretinice. Se bem que idiota tem em qualquer lugar. Às vezes eu esqueço que sou jornalista e escrevo sobre música. haha.
9 de ago. de 2007
o disco do ano
Um concorrente sério a disco do ano foi gravado em 69, mas nunca foi lançado. Quer dizer, tá sendo lançado agora, pela Ninja Tune. The Dragons era o nome do trio formado por irmãos californianos de família musical - Dragon era realmente o sobrenome deles. Gravaram esse BFI e não conseguiram quem lançasse na época. O disco ficou guardado até que o DJ Food encontrou uma das faixas em uma trilha sonora de um filme e contatou um dos irmãos para licenciá-la para um mix. A surpresa era que ele tinha o álbum inteiro inédito. E que álbum. Alguém descreveu como Booker T encontra Doors. Até que cai bem, mas é mais que isso. É soul-jazz psicodélico visionário. Não costumo fazer isso, mas achei que seria injusto não botar o disco inteiro aqui pra download. Vai que é sua, campeão.
- BFI - The Dragons
8 de ago. de 2007
dois momentos
final do show em Liverpool:
depois do show de Glasgow:
depois do show de Glasgow:
Marcadores:
four tet,
open field church,
trocabrahma
Na Brasa
10/08 José Makes Machine
17/08 Ecos Falsos
24/08 Caio Marques
31/08 Trio Esmiril
17/08 Ecos Falsos
24/08 Caio Marques
31/08 Trio Esmiril
No Milo
09/08 Mr. Hendrik & the Flamboyants [São Paulo; folk-prog/avant-rock]
www.myspace.com/berlinestudio
DJs: Mitkus + Centro Cultural Batidão
16/08 Guizado [São Paulo; idm/hip hop]
www.myspace.com/guizado
DJs: Emo e Raquel + Centro Cultural Batidão
23/08 Garotas Suecas [São Paulo; psych-rock/garage-rock]
www.myspace.com/garotassuecas
DJs: Six e Clara + Centro Cultural Batidão
30/08 Pumu [Pouso Alegre; free-folk/experimental]
DJs: Eric e Cesinha + Centro Cultural Batidão
7 de ago. de 2007
aula de gatorrismo
Fudeu. Agora descobri essa parada. É um outro professor, de Nova York, que ensina a garotada (mais velha que a do Rappers Delight Club) a construir seus instrumentos. Eles fazem umas jams fudidas. Altos Soniquiúti. Tem um programa de rádio com os sons deles aqui. Agora é oficial. Tô procurando algo semelhante aqui no Brasil, pra fazer uma matéria pro programa de TV. Alguém tem uma dica?
dee-lite
Ainda no papo do novo do Go! Team. O disco tem participações especiais da Marina do Bonde do Role e do Chuck D. A Marina divide os vocais de "Universal Speech" com o Rappers Delight Club. Eles são uma espécie de Langley's School Music Project dos anos 00. São crianças de uma escola em Maryland que têm como atividade extra-curricular, aulas de hip hop. O mais legal é que eles usam músicas de gente como Sufjan Stevens e Jens Lekman pra fazer as bases. Saca só:
- Rappers Delight Club - When We Were Kids (Version 2)
Marcadores:
bonde do role,
jens lekman,
rappers delight club,
the go team
na onda
O bima agora é niureive.
6 de ago. de 2007
the go! twee
Bom, se você ainda não baixou o petardo novo do Go! Team tá dando um puta mole. Sonzera, mêo.Se bobear, achei melhor, é melhor que o primeiro. Enquanto o disquinho novo tá por aí dando sopa, vale a pena baixar também o lado B do single de "Grip Like a Vice". A faixa, "A Version of Myself", é uma delícia lo-fi. Go! Team goes twee. Sério.
1. The Go! Team - Grip Like a Vice
2. The Go! Team - A Version of Myself
1. The Go! Team - Grip Like a Vice
2. The Go! Team - A Version of Myself
2 de ago. de 2007
chuif
From: "Francis Macdonald"
Date: August 1, 2007 11:37:21 AM EDT
To: "Eduardo Ramos"
Subject: Martin
Reply-To: ...
Eduardo - I meant to tell you that during Nothing To Be Done I called Martin who wrote the song and told him 11 Brazilians were onstage singing including one of CSS. I held the phone up for the whole song. He was amazed! F.
------------------
Sent with Instant Email from T-Mobile
1 de ago. de 2007
diário de bordo
sábado – 21/07/07
Eu, Mari e Cesinha chegamos em Londres pela manhã. Má notícia 1: minha mala tinha sido extraviada. Má notícia 2 (essa bem pior): Cesinha ficou retido na imigração. Então o sábado foi basicamente um dia tenso. O que salvou foi a comida tailandesa no pub em Notting Hill que a Elisa, amiga da Mari que tava por lá, levou a gente. E, depois de mais de dez horas de espera, a notícia de que o Cé tinha sido liberado minutos antes de embarcar para o Brasil. Ficamos esperando o Cesinha num pub na esquina do hotel em Paddington e rolou mó gritaria quando ele finalmente chegou quase onze da noite. No pub, um inglês veio trocar idéia conosco. Papo vai, papo vem, e ele solta: “Eu tocava numa banda... Jesus and Mary Chain, conhece?”. Resumo: o cara era o Nick Sanderson, que tocou bateria no Jesus e no Gun Club. A japa mulher dele, que também era do Gun Club, tava lá também. Fomos dormir bêbados.
domingo – 22/07/07
Fomos ao Lovebox Weekender Festival. Chegamos tarde, não vimos muita coisa. Perdi o show do Hot Chip. Merda. Entrando no festival, escuto alguém gritando meu nome. Era o Keke, que tá vivendo em Nova York e tava passando a semana em Londres a trabalho. Puta coincidência, mêo. O show do Rapture no palco principal tava bem legal. Só não tava mais legal que a mochila com kriptonita. Todo mundo que passava perto dela começava a dançar de forma estranha. Tinha o guardião, com calça de caçar sapo, cofrinho aparecendo, sem camisa, de meias, fazendo uma dança afro celta. O cara mais possuído foi uma bichinha toda arrumadinha, de bermuda e suspensório, que sacou uma camiseta véia do sonquiúti do bolso e enrolou no rosto para fazer sua performance. O show do Bonde foi numa tenda lotava. Tinha fila pra entrar. Fiquei impressionado com o quanto o povo ficou tomado com o show deles. A tenda ficou tão quente que não agüentamos ficar lá para ver o Diplo. Ainda tentamos ver o B52’s e Toots and the Maytals, mas tava tudo meia boca. Melhor foi o vale refeição que ganhamos do Gorky que rendeu uma torta de batata com carne e feijão.
segunda – 23/07/07
Passadinha em Candem, choppinho no pub e trem pra Glasgow. A viagem começou como um pesadelo. Nós quatro (Mari, Elisa, Cé e eu) nos espremendo na área entre os dois vagões, ao lado do banheiro, entre malas, um casal, uma família e um pastor alemão. Bolívia fudida. Quando conseguimos arrumar poltronas no vagão silencioso, o trem quebra. Beleza, conseguimos assentos legais no trem seguinte e chegamos novinhos em Glasgow.
terça – 24/07/07
Turismo de pub em Glasgow. Antes do almoço já estávamos bêbados.
quarta – 25/07/07
Fomos pra Edimburgo. Puta cidade linda. O castelo é impressionante.
quinta – 26/07/07
Mais pubs em Glasgow. Com comprinhas, visita à Monorail (loja do Stephen Pastel, dentro de um bar chamado Mono), pizza, etc.
sexta – 27/07/07
Finalmente encontramos o resto da igreja, que chegou de Londres no tourbus: Gui, Lulins, Eugênio, Rolla, Pedro, Du, Ira, Ed e Kieran. Primeiro fiquei de cara com o tourbus: tinha cozinha, sala de estar com playstation, DVD e o caralho, sala de jantar e cafofos super habitáveis, com luz de leitura e tudo. O ônibus já tinha sido do Babyshambles e The Bees. O motorista era a cara do John Locke e já tinha dirigido até pro Kiss. Depois fiquei de cara o Classic Grand, casa onde seria o show: um bar / casa noturna para cerca de 500 pessoas, o manager mais legal do mundo (grande George), som perfeito, iluminação incrível, e um camarim com geladeira lotada, micro-ondas, banheiro e chuveiro limpinhos, toalhas brancas... superstar fudido. Os DJs da noite eram o Aidam Mofat (Arab Strap) e Chris Geddes (Belle & Sebastian). Participaram do coral, a Katrina (Pastels) e o Tom Crossley (International Airport). Na platéia, estavam Stephen Pastel e Francis (Teenage Fanclub). Teve uma hora que não acreditei: olhei ao redor de mim no camarim e estavam Chris Geddes, Kieran Hebden e Katrina Pastel. E mais: cantamos Nothing to be Done com a Katrina enquanto o Stephen tava na platéia. Morri dez vezes. E esse foi o show mais “morno” da tour.
sábado – 28/07/07
No caminho de Glasgow para Londres, paramos em uma praça de alimentação para o almoço. Já estávamos felizes com a matéria de página inteira na Time Out sobre o TrocaBrahma. Então chega o Kieran o guia do Guardian, que trazia nosso show em primeiro lugar no top 5 de programas musicais da semana em Londres. Mais surreal que isso só mesmo foi ver a Amy Whinehouse esperando o namorado cagão perto do banheiro da praça de alimentação fazendo cara de nojinho quando o Eugênio foi bater uma foto dela. Dizem que o Plastic People tem o melhor som de Londres. Foi por isso que o Kieran escolheu fazer o show lá. Os problemas: 1. a casa é menor que o Milo antes da reforma. 2. a casa é feita só para discotecagens. 3. foram vendidos 260 ingressos. A noite começou apertada, mas o DJ destruía. Testou o som com Alice Coltrane e ficou só no dubstep antes dos shows (nos três dias, a estrutura era a seguinte: 1. Open Field Church 2. Four Tet 3. Open Field Church + Four Tet). Aí começou o show da OFC e foi só tristeza, mesmo com reforços de dois amigos do Ed e da Dri, amiga da Lulins. Não tínhamos microfones nem retorno. E mal conseguíamos ouvir ou ver um ao outro. Resultado: catástrofe. Muito mais para nós do que para a platéia. Ganhamos fãs japoneses e portugueses ao mesmo tempo que um ou outro vaiava. Bateu uma deprê fudida. Daí entrou o Kieran, que fez o set mais tomado da história. Quando entramos para a parte colaborativa, magicamente tudo deu certo. O público amou a versão de “Freak”, do LFO, cantando junto e o caralho, e delirou com “Minha Menina”. Vai ser difícil apagar da memória o fim do show, com coral e público cantando junto por uns cinco minutos. Aliás, não fosse pelas camisetas, nem daria para reconhecer quem era banda e quem era público. Catarse coletiva fudida, todo mundo abraçado, alguns carregados. Depois a pista ainda pegou fogo com afro beat soul funk jazz latin brasilianismos. Melhor DJ da história. Ganhou corinho no final e tudo. Que noite. Tivemos que nos despedir do Ed, que não seguiu para Liverpool conosco. A Dri entrou no espírito e seguiu na tour. No ônibus ainda rolou uma competição bisonha de quem comia o prato mais nojento. Aguardem fotos.
domingo – 29/07/07
Chegamos em Liverpool temerosos, pois o show seria de graça e a cidade é tomada de hoolingans. Eu e a Mari caminhávamos para o Cavern Club e vimos uma cena pesada: um cara todo ensangüentado sendo aparado por amigos enquanto uma gangue de umas vinte pessoas chegava neles armados de paus e pedras. Sorte que bem nesse momento a polícia chegou. O Cavern Club em si não tem nada demais. Depois de um choppinho, batemos um fish and chips e fomos para o Bumpers, local do show. O lugar tava lotadaço. O público era mais molecadinha, cerca de umas 500 pessoas. E o show foi insano. Acabada a primeira parte, neguinho vinha pedir autógrafo, CD e o caralho. Na seqüência, o Four Tet mais uma vez foi assombroso. Mas nada preparava a gente pro que veio depois. O final do show foi ainda melhor que o de Londres. As quatro músicas saíram perfeitas. O público urrava. No final catártico de “Slow Jam”, ainda apelamos e puxamos um “Liiiveeeerpooool, Liiverpoool” junto com a platéia. Mais um final lindo. Coral em êxtase, público na mesma onda. Depois ainda rolou dança na pista. Aí nos despedimos de Lulins, Gui e Eugênio e seguimos para Londres. Finito. No ônibus, ainda enchemos a cara. E como não poderia deixar de ser numa tour de rock, faltava o papelão. Vomitei cerveja e vinho em toda escada to ônibus, após ser acordado no meio da noite pra descer do ônibus que tava sem gasolina. Haha. Limpei tudo junto com o Mike (John Locke) e voltei a dormir. Chegamos a Londres e passamos a última noite no Hilton de Kensington. Descanso justo. Ainda deu tempo, entre segunda e terça, de dar um passeiozinho por pontos turísticos e comer bem. Terça de tarde pegamos o vôo para o Brasa. Chegamos aqui, Mari e eu, às seis da manhã. Passei em casa, tomei um banho e vim pro trabalho. Que dias.
Eu, Mari e Cesinha chegamos em Londres pela manhã. Má notícia 1: minha mala tinha sido extraviada. Má notícia 2 (essa bem pior): Cesinha ficou retido na imigração. Então o sábado foi basicamente um dia tenso. O que salvou foi a comida tailandesa no pub em Notting Hill que a Elisa, amiga da Mari que tava por lá, levou a gente. E, depois de mais de dez horas de espera, a notícia de que o Cé tinha sido liberado minutos antes de embarcar para o Brasil. Ficamos esperando o Cesinha num pub na esquina do hotel em Paddington e rolou mó gritaria quando ele finalmente chegou quase onze da noite. No pub, um inglês veio trocar idéia conosco. Papo vai, papo vem, e ele solta: “Eu tocava numa banda... Jesus and Mary Chain, conhece?”. Resumo: o cara era o Nick Sanderson, que tocou bateria no Jesus e no Gun Club. A japa mulher dele, que também era do Gun Club, tava lá também. Fomos dormir bêbados.
domingo – 22/07/07
Fomos ao Lovebox Weekender Festival. Chegamos tarde, não vimos muita coisa. Perdi o show do Hot Chip. Merda. Entrando no festival, escuto alguém gritando meu nome. Era o Keke, que tá vivendo em Nova York e tava passando a semana em Londres a trabalho. Puta coincidência, mêo. O show do Rapture no palco principal tava bem legal. Só não tava mais legal que a mochila com kriptonita. Todo mundo que passava perto dela começava a dançar de forma estranha. Tinha o guardião, com calça de caçar sapo, cofrinho aparecendo, sem camisa, de meias, fazendo uma dança afro celta. O cara mais possuído foi uma bichinha toda arrumadinha, de bermuda e suspensório, que sacou uma camiseta véia do sonquiúti do bolso e enrolou no rosto para fazer sua performance. O show do Bonde foi numa tenda lotava. Tinha fila pra entrar. Fiquei impressionado com o quanto o povo ficou tomado com o show deles. A tenda ficou tão quente que não agüentamos ficar lá para ver o Diplo. Ainda tentamos ver o B52’s e Toots and the Maytals, mas tava tudo meia boca. Melhor foi o vale refeição que ganhamos do Gorky que rendeu uma torta de batata com carne e feijão.
segunda – 23/07/07
Passadinha em Candem, choppinho no pub e trem pra Glasgow. A viagem começou como um pesadelo. Nós quatro (Mari, Elisa, Cé e eu) nos espremendo na área entre os dois vagões, ao lado do banheiro, entre malas, um casal, uma família e um pastor alemão. Bolívia fudida. Quando conseguimos arrumar poltronas no vagão silencioso, o trem quebra. Beleza, conseguimos assentos legais no trem seguinte e chegamos novinhos em Glasgow.
terça – 24/07/07
Turismo de pub em Glasgow. Antes do almoço já estávamos bêbados.
quarta – 25/07/07
Fomos pra Edimburgo. Puta cidade linda. O castelo é impressionante.
quinta – 26/07/07
Mais pubs em Glasgow. Com comprinhas, visita à Monorail (loja do Stephen Pastel, dentro de um bar chamado Mono), pizza, etc.
sexta – 27/07/07
Finalmente encontramos o resto da igreja, que chegou de Londres no tourbus: Gui, Lulins, Eugênio, Rolla, Pedro, Du, Ira, Ed e Kieran. Primeiro fiquei de cara com o tourbus: tinha cozinha, sala de estar com playstation, DVD e o caralho, sala de jantar e cafofos super habitáveis, com luz de leitura e tudo. O ônibus já tinha sido do Babyshambles e The Bees. O motorista era a cara do John Locke e já tinha dirigido até pro Kiss. Depois fiquei de cara o Classic Grand, casa onde seria o show: um bar / casa noturna para cerca de 500 pessoas, o manager mais legal do mundo (grande George), som perfeito, iluminação incrível, e um camarim com geladeira lotada, micro-ondas, banheiro e chuveiro limpinhos, toalhas brancas... superstar fudido. Os DJs da noite eram o Aidam Mofat (Arab Strap) e Chris Geddes (Belle & Sebastian). Participaram do coral, a Katrina (Pastels) e o Tom Crossley (International Airport). Na platéia, estavam Stephen Pastel e Francis (Teenage Fanclub). Teve uma hora que não acreditei: olhei ao redor de mim no camarim e estavam Chris Geddes, Kieran Hebden e Katrina Pastel. E mais: cantamos Nothing to be Done com a Katrina enquanto o Stephen tava na platéia. Morri dez vezes. E esse foi o show mais “morno” da tour.
sábado – 28/07/07
No caminho de Glasgow para Londres, paramos em uma praça de alimentação para o almoço. Já estávamos felizes com a matéria de página inteira na Time Out sobre o TrocaBrahma. Então chega o Kieran o guia do Guardian, que trazia nosso show em primeiro lugar no top 5 de programas musicais da semana em Londres. Mais surreal que isso só mesmo foi ver a Amy Whinehouse esperando o namorado cagão perto do banheiro da praça de alimentação fazendo cara de nojinho quando o Eugênio foi bater uma foto dela. Dizem que o Plastic People tem o melhor som de Londres. Foi por isso que o Kieran escolheu fazer o show lá. Os problemas: 1. a casa é menor que o Milo antes da reforma. 2. a casa é feita só para discotecagens. 3. foram vendidos 260 ingressos. A noite começou apertada, mas o DJ destruía. Testou o som com Alice Coltrane e ficou só no dubstep antes dos shows (nos três dias, a estrutura era a seguinte: 1. Open Field Church 2. Four Tet 3. Open Field Church + Four Tet). Aí começou o show da OFC e foi só tristeza, mesmo com reforços de dois amigos do Ed e da Dri, amiga da Lulins. Não tínhamos microfones nem retorno. E mal conseguíamos ouvir ou ver um ao outro. Resultado: catástrofe. Muito mais para nós do que para a platéia. Ganhamos fãs japoneses e portugueses ao mesmo tempo que um ou outro vaiava. Bateu uma deprê fudida. Daí entrou o Kieran, que fez o set mais tomado da história. Quando entramos para a parte colaborativa, magicamente tudo deu certo. O público amou a versão de “Freak”, do LFO, cantando junto e o caralho, e delirou com “Minha Menina”. Vai ser difícil apagar da memória o fim do show, com coral e público cantando junto por uns cinco minutos. Aliás, não fosse pelas camisetas, nem daria para reconhecer quem era banda e quem era público. Catarse coletiva fudida, todo mundo abraçado, alguns carregados. Depois a pista ainda pegou fogo com afro beat soul funk jazz latin brasilianismos. Melhor DJ da história. Ganhou corinho no final e tudo. Que noite. Tivemos que nos despedir do Ed, que não seguiu para Liverpool conosco. A Dri entrou no espírito e seguiu na tour. No ônibus ainda rolou uma competição bisonha de quem comia o prato mais nojento. Aguardem fotos.
domingo – 29/07/07
Chegamos em Liverpool temerosos, pois o show seria de graça e a cidade é tomada de hoolingans. Eu e a Mari caminhávamos para o Cavern Club e vimos uma cena pesada: um cara todo ensangüentado sendo aparado por amigos enquanto uma gangue de umas vinte pessoas chegava neles armados de paus e pedras. Sorte que bem nesse momento a polícia chegou. O Cavern Club em si não tem nada demais. Depois de um choppinho, batemos um fish and chips e fomos para o Bumpers, local do show. O lugar tava lotadaço. O público era mais molecadinha, cerca de umas 500 pessoas. E o show foi insano. Acabada a primeira parte, neguinho vinha pedir autógrafo, CD e o caralho. Na seqüência, o Four Tet mais uma vez foi assombroso. Mas nada preparava a gente pro que veio depois. O final do show foi ainda melhor que o de Londres. As quatro músicas saíram perfeitas. O público urrava. No final catártico de “Slow Jam”, ainda apelamos e puxamos um “Liiiveeeerpooool, Liiverpoool” junto com a platéia. Mais um final lindo. Coral em êxtase, público na mesma onda. Depois ainda rolou dança na pista. Aí nos despedimos de Lulins, Gui e Eugênio e seguimos para Londres. Finito. No ônibus, ainda enchemos a cara. E como não poderia deixar de ser numa tour de rock, faltava o papelão. Vomitei cerveja e vinho em toda escada to ônibus, após ser acordado no meio da noite pra descer do ônibus que tava sem gasolina. Haha. Limpei tudo junto com o Mike (John Locke) e voltei a dormir. Chegamos a Londres e passamos a última noite no Hilton de Kensington. Descanso justo. Ainda deu tempo, entre segunda e terça, de dar um passeiozinho por pontos turísticos e comer bem. Terça de tarde pegamos o vôo para o Brasa. Chegamos aqui, Mari e eu, às seis da manhã. Passei em casa, tomei um banho e vim pro trabalho. Que dias.
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