8 de out. de 2008

pop montreal - dia 1

montreal

Antes do primeiro dia, passei dois descansando, passeando e, principalmente, comendo bem em Montreal. O grande parceiro foi o Nobre, que chegou com família e tudo na cidade. Então teve um jantar no clássico Schwartz, com o inacreditável sanduíche de carne defumada. O sanduba é só pão, mostarda e muita carne defumada fatiada. Mais nada. As filas dobram a esquina com gente louca pra comer lá. Mas bom mesmo foi o jantar da noite seguinte, no Au Pied de Cochon. Martin Picard, o chef do restaurante é gênio. Transforma comida de troglodita em arte. Entre as coisas lindas que serve, estão o pato na lata, que é aberta na mesa do cliente, e o pé de porco recheado de foie gras. Da outra vez que passei por lá, comi hamburguer que foie gras com poutine de foie gras. Dessa vez, peguei mais leve. De foie gras, só mandei o delecioso cromesquis, cubinho empanado recheado com foie gras líquido. É das melhores coisas que já provei na vida, só isso. De entrada, ainda mandamos um bolinho de bacalhau. O prato principal foi bife de veado com molho de cogumelos. O nobre mandou uma costela de bisão. Flintstones total. Tudo delicioso. Eu tava pronto pra maratona que começou na quarta.

A quarta ainda foi leve. A feta de abertura teve poutine, hot dog e cerveja grátis, e uma dupla de DJs tocando o fino do tecnobregra, entre outras coisas. O primeiro show que vi foi o Hot Chip em uma noite inspirada. Agora ele têm um baterista fixo, o que deu mais peso ao show. E, como esperado, "Ready For The Floor" quebrou tudo. De lá, passei na festa da Vice, mas a banda que tava tocando, Devil's Eyes, era bem fraquinha. Nem com cerveja grátis deu pra ficar. Corri pra Sala Rossa e vi boa parte do show do Vetiver, que foi bonitinho, mas não comoveu. Esperava mais. Passada rápida pra ver o show divertido da Donzelle e, por fim, voltei pra festa da Vice, onde vi o melhor show da noite. Carnaval no trailer park, versão white trash do Arcade Fire, Móveis Coloniais de Acaju do inferno: o Dark Meat é mais ou menos tudo isso ao mesmo tempo. Uma orquestra de doze - incluindo dois bateristas, um deles de tanga, e um doente tocando tuba no meio da platéia - pessoas fazendo rock sujo, barulhento e pesado. Caras pintadas, gente suada, chuva de purpurina, jatos de ar, instrumentos jogados para a platéia, stage dives, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Overdose sensorial fudida. Saí surdo e moído. O show dos caras é uma surra.

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